Um vírus que provoca meningite está se espalhando em Ponta Grossa. Nas duas primeiras semanas de janeiro foram registrados 24 casos de crianças infectadas, contra 59 registrados em todo o ano passado. O aumento dos casos, considerado um surto, provocou a superlotação do Hospital da Criança e alguns pacientes tiveram que ser internados em consultórios por falta de leitos. Ontem a situação se normalizou, mas seis crianças ainda continuam hospitalizadas.
A meningite é a inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por diversos agentes como vírus, bactérias, fungos e protozoários. A meningite viral, que está ocorrendo na cidade, está atacando crianças de 4 a 9 anos. Esse tipo de meningite, no entanto, não é tão perigoso quanto a infecção que acontece no inverno.
Segundo o chefe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Isaías Cantóia Luiz, dificilmente essa infecção leva à morte ou deixa sequelas. "Ela apresenta os mesmos sintomas das outras formas de meningite, mas sua evolução é benéfica", explica.
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A enfermeira da Vigilância Epidemiológica da 3ª Regional de Saúde, Beatriz Caldeira, diz que em alguns casos esse vírus está provocando outros tipos de reação. Algumas crianças apresentam diarréia e outras apenas uma gripe.
Ela considera que a situação no município ainda não pode ser considerada uma epidemia. "É normal o aumento dos casos nessa época do ano porque com o calor o vírus se desenvolve com mais facilidade", esclarece.
A meningite viral está sendo combatida com medicação considerada leve. O período de internamento das crianças está variando de três a sete dias, dependendo da capacidade imunológica de cada paciente. Para esse tipo de meningite não existe vacina. Dos 24 casos atendidos em Ponta Grossa, dois são de crianças residentes em Carambeí (20 km de PG).
Leia mais em reportagem de Denisa Ângelo, na Folha do Paraná desta quinta-feira