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Ponta Grossa tem 34 casos de meningite

Denise Angelo - Folha do Paraná
23 jan 2001 às 12:19

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O setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Grossa confirmou ontem a notificação de mais cinco casos de meningite viral no município na terceira semana do mês. Desses cinco casos, um foi descartado após exames específicos de identificação da doença e outro é de um paciente de 28 anos, portador do HIV. Com isso, o número de crianças infectadas no município só no mês de janeiro é de 33. Também ontem, a Secretaria Municipal retificou a informação sobre o número de casos registrados na segunda semana de janeiro. Primeiramente a informação era de que tinham sido registrados nove casos, mas na realidade foram 14.

O infectologista Gerson Luiz Czelusniak considera que com esses números já se pode dizer que a cidade enfrenta uma epidemia. Porém, "é uma epidemia de uma doença benigna e de vida limitada", salienta. Segundo ele, como a doença está sendo causada por um enterovírus, a epidemia deve ter uma duração de 60 a 90 dias. Isso porque, muitas pessoas estão sendo expostas previamente ao vírus, sem desenvolver a doença. E dessa forma, a tendência é que o ciclo se encerre, já que essas pessoas criam anticorpos, promovendo um bloqueio natural.

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O médico explica que muitas pessoas estão apresentando doenças febris inespecíficas. "Os pacientes procuram o médico porque ficaram dois ou três dias com febres altas, que desaparecem repentinamente", diz o infectologista, explicando que provavelmente essas pessoas estão contaminadas com o mesmo vírus. Mas como apresentam uma condição imunológica melhor, não desenvolvem a meningite.

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Além dos estados febris inespecíficos aumentaram também os casos de diarréias e lesões na mucosa bucal, consequências do mesmo tipo de infecção.

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Na opinião dele, o poder público precisa reforçar as informações à população sobre a importância da higiene pessoal e do cuidado com os alimentos. Isso porque, o enterovírus causador da doença é transmitido basicamente de duas formas: a direta (fecal-oral), cujo combate só pode ser feito através da higiene pessoal; e a indireta, através do consumo de alimentos contaminados pela água. "Como as crianças mantêm um contato muito íntimo entre si, trocando alimentos, por exemplo, é muito fácil o enterovírus se disseminar", afirma.


Apesar de apresentar os mesmos sintomas que os demais tipos de meningite, (febre alta, dor de cabeça, vômito e rigidez na nuca), a infecção por vírus dificilmente deixa sequelas ou leva à morte. Também não existe vacina para combatê-la.


O chefe da Vigilância Epidemiológica do município, Isaías Cantóia Luiz, informou ontem que estão sendo feitas coletas de material desses novos pacientes, para que o Laboratório Central do Estado faça as devidas análises e a identificação do tipo de vírus que está causando a doença.

Em todo o Paraná este ano já foram registrados 56 casos de meningite, sendo 43 provocados por vírus. E destes, 34 são de Ponta Grossa.


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