A Prefeitura de Curitiba teve que adiar, pela terceira vez, a abertura da licitação para as obras do contorno ferroviário, programada para esta quarta-feira. Novo edital será publicado na próxima segunda-feira, dia 4, e a abertura das propostas está prevista para o dia 5 de dezembro. O município alega que está impedido de dar continuidade à concorrência, pois o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) ainda não concluiu a análise do Estudo de Impacto Ambiental (Eia-Rima).
Antes de conceder o licenciamento ambiental, o IAP terá que consultar as comunidades afetadas pelas obras. A assessoria de imprensa informou que o órgão já está estudando o agendamento das audiências públicas, mas por enquanto não há definição das datas.
Cerca de 1,5 mil pessoas, que terão suas propriedades cortadas pela linha férrea, já se mobilizaram, mostrando preocupação com a interferência do novo ramal na qualidade de vida, no meio ambiente e até na produtividade agropecuária. O contorno passará por 186 propriedades -a maioria na zona rural- dos municípios de Almirante Tamandaré, Araucária, Campo Largo e Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba. Por outro lado, o novo contorno ferroviário atende a um antigo anseio dos moradores de 12 bairros de Curitiba, cansados do barulho e dos acidentes causados pelos trens. Aproximadamente 150 mil curitibanos moram em áreas cortadas pela linha férrea.
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O custo do Contorno Ferroviário, que terá 43 quilômetros de extensão, foi estimado em R$ 81,9 milhões. Para essa primeira etapa, está previsto o repasse de R$ 23 milhões do Programa de Retirada de Trilhos dos Perímetros do Ministério dos Transportes.
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