Uma ação violenta do Pelotão de Choque da Polícia Militar (PM) acabou com uma rebelião na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), hoje pela manhã, antes mesmo que a direção chegasse a negociar com os presos. A rebelião, considerada a mais grave desde a inauguração da penitenciária, em 1994, teve início às 9 horas e durou pouco mais de uma hora.
Segundo o diretor da PEL, Dyson Ferreira de Pinho, a rebelião foi liderada por um grupo de presos vindos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em junho. Eles foram transferidos depois de participarem de rebeliãos na PCE e reivindicavam o retorno para Curitiba. Mas não houve qualquer negociação com os presos. Aproximadamente 100 dos 370 presos participaram do motim armados com estoques e pedaços de madeira.
O saldo de feridos foi de 23 pessoas, cinco agentes penitenciários e seis professores da escola de ensino supletivo da PEL, tomadas como reféns, além de 12 presos. Representantes do Centro de Direitos Humanos, dizem que seriam 20 os presos feridos. Moradores vizinhos disseram que ouviram diversos disparos e explosões.
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Dyson justifica que a ação do Pelotão de Choque evitou que a rebelião tomasse maiores proporções. A ação, segundo ele, foi repreendida pela Secretaria de Segurança, pois a convocação da PM só poderia ser feita por ordem do secretário José Tavares.
O comandante do Grupo de Operações Especiais da Polícia Militar, tenente João Rodrigues Feitosa, que liderou a operação, disse que 27 policiais participaram da ação, sendo 5 do Grupo de Operações, 1 do canil - com um cão - e os demais do Pelotão. Os policiais estavam realizando vistoria de rotina na Prisão Provisória, que fica ao lado da penitenciária, quando foram chamados para a ação.