Cerca de 400 professores da rede pública estadual de ensino protestaram nesta terça-feira, na Assembléia Legislativa, contra o veto do governador Jaime Lerner (PFL) às emendas que garantiriam abono de R$ 100,00 para os inativos. O abono foi dado para todos os profissionais da ativa. No entanto, os 28 mil professores aposentados não recebem o benefício.
Os professores pediram ainda a publicação em edital do concurso público, prometido pelo atual governo. Eles querem a abertura de 20 mil novas vagas, atualmente ocupadas por funcionários sob o regime da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Os servidores querem que os concursados integrem imediatamente o nível para o qual ele seja habilitado e não tenha que galgar níveis, mesmo com formação adequada para os graus superiores.
Outra reclamação dos professores é com relação aos celetistas que foram incorporados ao quadro do Estado através da Lei Complementar 75, regulamentada no governo Lerner. Todos os celetistas estão descontando 10% dos salários para a Paraná Previdência. No entanto, 17 professores que estão se aposentando não estão recebendo aposentadorias. Três que morreram não estão tendo seus familiares beneficiados com o pagamento de pensão.
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Os educadores foram recebidos no plenarinho da Assembléia Legislativa pelos deputados estaduais Luciana Rafagnin (PT), Algaci Tulio (PSDB) e Angelo Vanhoni (PT). Todos integrantes da Comissão de Educação. Eles vão tentar derrubar o veto do governador Jaime Lerner e garantir o abono de R$ 100,00 para os inativos.
Nesta terça-feira, o governador comentou apenas o concurso público e disse que estão sendo realizados os últimos ajustes para a publicação do edital pela Secretaria de Estado de Educação. Lerner não soube precisar quantas vagas serão abertas. "Esta é uma aspiração dos professores que coincide com a nossa", garantiu. O governador lembrou apenas que os professores não poderão ser nomeados neste governo por se tratar de um ano eleitoral. Em tese, a legislação o impede de fazê-lo.