Os professores que invadiram a Assembléia Legislativa na noite de segunda-feira prometeram uma trégua temporária e deixarão o plenário da casa nesta tarde. A concessão se dá para que seja realizada uma sessão solene em homenagem à Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança e que é indicada pelo Brasil ao Prêmio Nobel da Paz.
Depois da sessão solene, os professores prometem retomar a invasão caso não haja acordo com os deputados. O movimento dentro da Assembléia começou depois que deputados do governo derrubaram pela terceira vez a votação de um projeto que anularia o decreto governamental que impôs regras para a eleição de diretores de escolas da rede pública estadual.
Pela manhã, foram duas as tentativas frustadas de negociação. Às 9 horas horas, o deputado e líder governista na Assembléia Legislativa, Durval Amaral (PFL) recebeu da comissão de professores a proposta de alterações no decreto 4313/01, que promoveu mudanças nas eleições de diretores nas escolas estaduais.
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"Como disse a eles que a revogação do decreto - principal reivindicação dos professores que tomaram a assembléia - era impossível, reformularam o decreto. Vamos analisar com o chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, e ao meio-dia teremos uma resposta", disse Amaral.
No horário marcado, anciosa por uma resposta do governo, a comissão de professores esperava por Amaral na sala de reuniões da presidência da Assembléia Legislativa. No entanto às 12h15, a assessoria de imprensa de Amaral informou à comissão que "seria impossível para o deputado estar no horário marcado na reunião, porque a secretária de Educação, Alcyone Saliba tinha acabado de chegar na secretaria e ambos estavam estudando as propostas". Por isso, a reunião foi remarcada para às 14 horas.
Enquanto isso, no plenário da Assembléia, local tomado por cerca de 200 professores na segunda-feira, o movimento ía enfraquecendo. No início da manhã, havia cerca de 120 manifestantes no plenário. Ao meio-dia, o número não passava de 60. Muitos saíram do local para almoçar, inclusive o próprio Romeu Miranda, presidente da APP-Sindicato. "Bom gente, vocês terão de conduzir sozinhos as negociações porque tenho uma audiência na Justiça e não posso faltar. Peço a licença de todos para me retirar", disse.