Uma maratona de 24 horas seguidas, que começou sexta-feira às 16 horas e termina neste sábado no mesmo horário, mobilizou professores de Educação Física num protesto em defesa da Escola Pública e numa reivindicação pala volta da Educação Física na grade curricular.
Professores de Educação Física correram em revezamento entre a Rua Dr. Muricy e a Praça Osório, em Curitiba, com uma bandeira vermelha alertando a população.
Os professores reclamam a redução das aulas com a implantação da nova Lei de Diretrizes e Bases que no artigo 26 diz que "a Educação Física integrada à proposta pedagógica da escola é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos".
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Desta forma, segundo o diretor do Núcleo Sindical de Curitiba e Região Metropolitana da APP/Sindicato Kico França, houve redução de 90% das aulas de Educação Física nos cursos noturno das escolas estaduais em todo o Estado. "No período diurno, a redução ultrapassa os 30%. Os professores tiveram de dividir entre eles as aulas que restaram e isso diminuiu muito a carga horária", reclama.
Segundo os documentos que os professores distribuíram, há seis anos não há reposição de perda salarial. A reivindicação é de 54%. Outra preocupação dos professores é com relação às escolas que têm menos de 160 alunos. "Nesses colégios foram extintos os cargos de direção, supervisão e orientação. Isso significa que no interior do Estado, centenas de escolas estão prejudicadas sem essas funções", afirma o diretor do Núcleo Sindical.
Além disso, os professores alegam que o Governo do Estado não patrocina mais os jogos interescolares. "Há mais de 20 anos existiam as competições entre estudantes. Hoje, o Estado só promove os grandes espetáculos como os Jogos da Natureza e as equipes do Rexona e do Paraná Basquete", argumenta França.