Uma comitiva formada por representantes do governo da Ucrânia desembarca segunda-feira em Curitiba para conhecer os programas de combate ao vírus da Aids, o HIV, em duas cidades paranaenses, Curitiba e São José dos Pinhais, município na Região Metropolitana de Curitiba.
Junto com Brasília e Rio de Janeiro, estes dois municípios paranaenses foram escolhidos pelo Ministério da Saúde como referências para a implantação de programas semelhantes naquele país.
A indicação de Curitiba não causa surpresa. A Capital paranaense é referência nacional no atendimento a pacientes com Aids. Curitiba foi pioneira ao implantar o Centro de Orientação e Aconselhamento (COA), sistema que realiza testes gratuitos de HIV pela rede municipal de saúde. Com o nome de Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), o modelo acabou sendo adotado em todo País.
Além de realizar os exames em qualquer unidade básica de Saúde, com todo sigilo e segurança, Curitiba também conta com cinco centros de referência para atender os portadores do vírus HIV.
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Outro diferencial é o programa Mãe Curitibana, que vem conseguindo diminuir os riscos da transmissão vertical do vírus da Aids, ou seja, da mãe para o bebê. Até final de 2002, foram diagnosticadas 511 gestantes infectadas. Sem tratamento, 30% transmitiriam o vírus ao recém-nascido (153 crianças). Com a interferência do Mãe Curitibana, apenas 16 nasceram contaminadas.
Dados da Secretaria de Saúde de Curitiba apontam para uma tendência de estabilização na incidência de casos de Aids nos últimos três anos, com aproximadamente 600 novos casos por ano. Estima-se que, em Curitiba, 4.289 homens e 2.607 mulheres sejam portadores do HIV. A maioria não sabe que tem a doença.