As indústrias paranaenses e propriedades rurais de porte têm até 6 de setembro para aderir ao programa de combate de desperdício de energia da Companhia Paranaense de Energia (Copel). A Copel está bancando até 20% do custo de novos equipamentos de alto rendimento elétrico. Serão investidos R$ 338 mil no custeio dos bônus.
A intenção da Copel é viabilizar a compra de 3 mil motores elétricos trifásicos de alto rendimento, certificados com o selo do Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica (Procel). Há cerca de 45 mil unidades consumidoras que poderiam se beneficiar do bônus. São 9 mil indústrias servidas em alta tensão e 36 mil produtores rurais atendidos com ligações trifásicas.
Para aderir ao programa, é preciso estar cadastrado como cliente industrial da Copel faturado no Grupo A (alta tensão) ou como consumidor rural faturado no Subgrupo B2 (baixa tensão e ligação trifásica), estar localizado na área de concessão da Copel e não ter dívidas com a concessionária. Os equipamentos que podem ser custeados pela companhia têm que ser de fabricação brasileira, trifásicos e com potência nominal de placa de até 50 CV (cavalos-vapor), de dois e quatro pólos.
Leia mais:
Nova lei elimina reteste e permite reagendamento gratuito de exames no Detran em 30 dias
Região Sul do Brasil tem previsão de tempestade para o final de semana
UEM divulga edital para a contratação de 65 professores por meio de teste seletivo
BR-376 em Sarandi será interditada para obra de novo viaduto no domingo
O cadastramento deve ser feito via internet (www.copel.com). Depois de confirmada a participação, o cliente tem até 30 dias para apresentar a nota fiscal da compra dos motores, junto com número de conta bancária.
A Copel irá depositar o valor do bônus correspondente na conta corrente bancária indicada. Para a compra de motores com até 2 CV de potência, a Copel irá conceder um bônus fixo de R$ 35,00. Para potências superiores, o bônus será de R$ 13,00 por unidade de potência em CV com teto de 20% do valor consignado na nota fiscal.
Para o engenheiro elétrico e advogado Odílio Lobo, da Rechtel Consultoria, essas medidas de incentivo são muito importantes. ''Normalmente, o empresário está com o fluxo de caixa reduzido e por isso é difícil convencê-lo a mudar suas instalações, mesmo que para economizar energia. O investimento não apresenta recuperação em curto prazo. Com a campanha da Copel, o retorno do investimento ocorre em um tempo mais curto'', avaliou.
No entanto, o uso eficiente de energia não está ligado somente a equipamentos novos, alerta Lobo. ''A eficientização prevê todo um conjunto de reformas, desde abrir janelas ou pintar paredes de forma a necessitar de menos luz'', explicou. Segundo o consultor, muitos consumidores, principalmente no Interior, superdimensionam as necessidades elétricas, porque não recebem orientação técnica específica'', disse.