Cerca de 200 mil estudantes das escolas estaduais do Paraná, segundo a Secretaria Estadual de Educação, estão sem aulas nesta terça-feira (28), devido ao protesto de professores e funcionários.
A manifestação, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), começou na Praça Santos Andrade, centro de Curitiba, e terminou no Centro Cívico, sede do governo estadual.
A pauta de reivindicações inclui equiparação do salário inicial dos professores (R$ 1.030,00) com os demais servidores que possuem ensino superior (R$ 1.525,00) que em julho passa a ser R$ 2.088,00 e a aprovação do Plano de Cargos e Carreiras específico para os funcionários de escolas.
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Durante a reunião do secretariado, feita no Museu Oscar Niemeyer (MON) todas as terças-feiras, tanto o governador do estado Reberto Requião quanto o Secretário de Educação, Maurício Requião, afirmaram que não houve uma determinação, por parte do governo, para a dispensa dos alunos.
Na abertura da reunião da Escola de Governo, o governador lembrou de todas as medidas em benefício aos professores, como a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, que elevou em até 103% os salários dos docentes.
Requião ressaltou que não é possível estabelecer comparação entre o salário dos professores e o do quadro geral, como tenta fazer a APP, já que há diferenças de carga horária e na progressão da carreira. "Pelo novo plano de cargos e salários, em 15 anos o professor chega ao pico de sua carreira. Já o funcionário do quadro geral, para conseguir a mesma progressão, leva 40 anos. Os professores têm 60 dias de férias por ano. O quadro geral tem trinta dias", exemplificou.
"Essa tentativa de mobilização da APP mais parece o início de uma campanha eleitoral de alguns dirigentes da Associação do que uma manifestação legítima de professores. Os professores nunca foram tão respeitados por um Governo quanto por esse nosso. E essa provocação não terá as conseqüências esperadas. Os manifestantes não serão recebidos por cavalaria nem pela polícia", afirmou Requião.
Com informações da AEN