Com a prorrogação da rebelião na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, durante o final de semana, já está faltando comida para os presos e reféns. A alimentação era suficiente apenas para o almoço deste sábado.
Os agentes penitenciários disseram que uma das estratégias da direção do presídio é permitir a entrada de alimentação no máximo para três dias, para evitar a sustentação de uma rebelião prolongada.
A preocupação do secretário da Segurança Pública, José Tavares, é com a possibilidade de os presos estarem utilizando a prorrogação como manobra para tentarem uma fuga. Tavares disse, por meio de sua assessoria, que não tem conhecimento de que os presos poderiam estar cavando um túnel na PCE. Mas por via das dúvidas colocou todo o aparato da Polícia Militar em pontos estratégicos para evitar qualquer fuga. Outra preocupação é com a reação dos familiares dos presos que estavam aguardando o retorno das visitas para hoje.
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O clima segue tenso entre os presos rebelados, reféns e familiares dos reféns, que temem um desfecho violento. Os líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) se recusaram a serem removidos, alegando que a negociação com o secretário José Tavares era "só de boca" e que não foi apresentada nenhuma documentação, garantindo a remoção, informou o agente penitenciário, Marcelo Leoncio de Lima. Lima foi um dos reféns escolhidos pelos membros do PCC para dar entrevista à imprensa.
Para o advogado do PCC, Jeronimo Amaral, a remoção dos presos no final de semana "estava cheirando armação". "Dificilmente se faz uma transferência de presos de alta periculosidade que exige um aparato de escolta muito grande, num final de semana", acrescentou.
Durante a entrevista do agente penitenciário, os familiares dos reféns queriam que os presos rebelados exibissem todos os reféns, mas não foram atendidos.