A rebelião na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, vai acabar apenas na segunda-feira. Nesta sexta, após 36 horas de protesto, o governo dava como certo que a revolta seria encerrada com a transferência dos líderes do movimento ainda neste sábado.
Porém, depois de concluída a negociação, os presos decidiram que só iriam terminar o movimento na segunda-feira. A razão da mudança é que faltavam documentos para a mudança de alguns detentos. Com isso, os 26 reféns passarão o fim de semana na detenção.
A proposta inicial do governo era transferir, a partir das 9 horas de hoje, os 23 líderes do movimento para os estados de Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará e Amazonas. Tavares tinha até preparado esquemas especiais para encaminhar os detentos. Outra vez, pressionando o governo, os líderes da rebelião (que integram a organização criminosa paulista do Primeiro Comando da Capital -PCC) conseguiram nova concessão do Estado.
Leia mais:
UEM aplica provas do PAS para quase 24 mil estudantes neste domingo
Itaipu celebra Dia Internacional da Onça-pintada
BR-376 em Sarandi será interditada neste domingo para obras do novo viaduto
Educação do Paraná prorroga prazo para matrículas e rematrículas na rede estadual
"A gente só sai daqui se o bonde chegar na hora certa", avisaram os presos, por meio do advogado Jerônimo Ruiz Andrade do Amaral. A recusa foi motivada por problemas burocráticos em Santa Catarina, Estado que vai receber quatro revoltosos. Já, para São Paulo, serão encaminhados 13 presos, Mato Grosso do Sul também vai receber quatro e Pará e Amazonas vão ficar com um detento cada um.
Para convencer os secretários de outros estados, o secretário precisou da ajuda do governador Jaime Lerner (PFL) e, em especial, do ministro da Justiça, José Gregori. Foi graças a intervenção direta do Ministério que os governadores de Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina mudaram a postura contrária a transferência.
Com o governo de Mato Grosso, o governador Dante de Oliveira (PFL) manteve-se intransigente aos apelos de Gregori e também de Lerner. "Mato Grosso não quis aceitar os presos e, por isso, Mato Grosso do Sul se dispôs a recebê-los", afirmou José Tavares.
Leia mais em reportagem de Israel Reinstein, na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado