A Polícia Civil prendeu ontem, em Cambé (Norte), a mulher acusada de sequestrar um bebê recém-nascido do Hospital da Providência, em Apucarana (Norte), na noite de anteontem. A filha da acusada, uma adolescente de 16 anos, também foi apreendida. A ação foi realizada por policiais civis de Apucarana e Marilândia do Sul e do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), com apoio da Polícia Militar.
A acusada pelo crime teria se passado por enfermeira do hospital. De acordo com o delegado Gustavo Dante da Silva, de Marilândia do Sul, a filha da sequestradora teria forjado uma gravidez e, para manter a mentira, a acusada teria praticado o sequestro. As duas foram encontradas na casa de um parente em Cambé.
As investigações começaram a partir de denúncias da comunidade de Mauá da Serra. A confirmação da identidade da suspeita ocorreu por meio de fotos apresentadas à mãe do bebê raptado e outras pacientes que estavam na maternidade na ocasião. A suspeita seria enfermeira do Pronto Socorro de Mauá da Serra.
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O diretor-executivo do Hospital da Providência, Neilton Rodrigues de Souza, relatou que a falsa enfermeira aproveitou o horário de visitas para entrar no estabelecimento. Ela teria pedido ao pai do bebê, o transportador Lincoln Henriques, para sair do quarto enquanto preparava a criança para o teste do pezinho.
Ao levar a criança a um outro quarto, a avó materna do menino, Tereza Braga da Silva, chegou a acompanhá-la, mas a acusada teria pedido para levar um banco até o quarto. ''Ela me disse que logo retornaria com o meu neto'', lamentou a avó. Quase uma hora depois, a família estranhou a demora e foi procurar o bebê, constatando o sequestro.
De acordo com Tereza, antes de sequestrar o menino, a suspeita teria tentado pegar um outro bebê, mas não conseguiu porque a mãe a acompanhou. ''Por uns instantes, essa mulher ficou no quarto com uma funcionária.''
O diretor do hospital confirmou que a funcionária esteve no quarto momentos antes do crime. ''Ela achou que era uma visita, pois não usava o mesmo tipo de roupa branca utilizada pelos funcionários do hospital.'' Ele contou também que a acusada utilizou um quarto vazio como apoio. No local, foram encontradas luvas, máscaras e uma agulha de uso hospitalar. A suspeita é que ela tenha saído da maternidade com o bebê acomodado em uma grande bolsa.
O delegado Gabriel Marcelo Junqueira Filho, da 17 Subdivisão Policial de Apucarana, considera que houve negligência. ''Vamos apurar a responsabilidade do hospital e da enfermeira responsável'', antecipou. Neilton de Souza informou que o sistema de segurança será reforçado com câmeras. ''Por enquanto, é o que podemos fazer'', disse.