O Condor foi a primeira grande rede de supermercados a atender a solicitação da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos para substituir as sacolas plásticas utilizadas em suas lojas. Há uma semana, a rede repassou 10 milhões de sacolas ecologicamente corretas – feita de plástico oxi-biodegradável, se decompõem em 18 meses - às suas 24 lojas instaladas no Paraná. Este número equivale a cerca de 12% das 80 milhões de sacolas distribuídas mensalmente pelo setor supermercadista paranaense e que corresponde a 20 toneladas de plástico lançados no meio ambiente. .
O secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, elogiou a iniciativa do Condor, que se antecipou à solicitação feita na reunião realizada com as redes de supermercado, em parceria com o Ministério Público Estadual, no último dia 23 de maio.
Aceitação – Segundo o presidente da rede de supermercados Condor, Joanir Zonta, o público aprovou o uso das novas sacolas. "Percebemos que hoje existe maior consciência sobre o que está causando problemas ao meio ambiente e sobre o que devemos fazer para colaborar; por parte dos empresários, mas principalmente por parte da população. A aceitação tem sido muito boa", destacou.
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Além do Condor, o supermercado Cidade Canção (em Maringá) já utiliza o produto ecologicamente correto. No próximo mês, a rede Muffato irá substituir as sacolas de plástico convencional.
A iniciativa de substituição das sacolas convencionais por oxi-biodegradáveis é do Programa Desperdício Zero, coordenado pela Secretaria, com o objetivo reduzir em 30% o volume de lixo gerado e eliminar os lixões a céu aberto no Estado.
Tecnologia – Para o meio ambiente, a diferença entre as sacolas de plástico convencional e as feitas com o material oxi-biodegradável é o tempo de degradação. Enquanto a tradicional sacola plástica demora séculos (estimam-se 400 anos), a sacolas ecológicas se decompõem em aproximadamente 18 meses.
O processo de decomposição se inicia com uma combinação de luz e calor, que agem como catalisadores e afetam a velocidade na qual a degradação progride. Uma vez que o processo é iniciado, tem continuidade no aterro sanitário ou em qualquer outro lugar – como rios, galhos de árvores e outros locais onde constantemente são encontradas sacolas plásticas.
A tecnologia empregada no processo de produção da sacola utiliza um aditivo químico que agiliza o processo de degradação, 'desmontando' as ligações carbono-carbono no plástico.
O representante da empresa que comercializa o aditivo, Eduardo Vonroost, ressaltou que o plástico aditivado não perde suas propriedades. "Pois são utilizados estabilizadores, garantindo assim uma vida útil suficientemente longa para cada aplicação específica. Resistência, transparência, propriedades de selagem, permeabilidade e impressão não são afetadas", comentou, acrescentando que não são necessárias mudanças no processo padrão de fabricação de plásticos.