Começam neste sábado os trabalhos de resgate do navio Norma, encalhado no Canal da Galheta, após o acidente que provocou o vazamento de nafta no mar. Até o final da tarde, as barreiras de contenção ainda estavam sendo colocadas em volta da embarcação. Um barco da equipe que fazia o serviço virou e quatro funcionários caíram no mar.
De acordo com o comandante da Defesa Civil, coronel Luiz Antonio Borges Vieira, apesar do susto, nenhum deles ficou ferido. Os homens foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros e atendidos pelo médicos que estavam no local, mas não precisaram ser internados.
O coronel afirmou que o navio permaneceu estabilizado durante todo o dia. O "Norma", de propriedade da Petrobras, encalhou depois de bater em uma pedra a 1,4 quilômetro do cais do porto, na manhã da última quinta-feira. De acordo com a Petrobras, o tanque atingido continha 3,9 milhões de litros de nafta - número inferior ao divulgado anteontem pela companhia, 4,9 milhões. Ainda não há estimativa de quanto do produto acabou vazando no mar.
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Para coordenar o resgate do navio, a Petrobras contratou a empresa holandesa Smitt Américas Inc., que foi a responsável pelo resgate do submarino russo Kursk. Um técnico da empresa passou o dia estudando as ações.
"Hoje, o dia é de monitoramento e de planejamento de ações", afirmou o superintendente da Frota Nacional dos Petroleiros, Celso Luiz Pereira de Souza. Neste sábado de manhã, chegam ao Paraná cerca de 20 toneladas de equipamentos, trazidos pela Smitt dos Estados Unidos para ajudar nos trabalhos. Os equipamentos, como mangueiras e bombas compressoras, vão fazer com que o "Norma", que está preso na pedra, flutue novamente.
Segundo Souza, uma das opções de resgate é passar toda a carga do navio para outra embarcação. Para isso, deveria chegar à noite, do Rio de Janeiro, o navio "Nara". Outra opção seria aliviar um pouco a carga do navio para que ele mesmo possa sair do local do acidente.
Também já está atracado no porto o navio do Corpo de Bombeiros de São Paulo "Governador Fleury", especializado em incêndio no mar. Mais dois barcos de Santa Catarina com as mesmas características também devem ajudar no resgate. O trabalho de retirada da nafta é o momento de mais risco até agora, de acordo com o coronel. Cerca de 400 pessoas, coordenadas pela Defesa Civil, trabalhavam no monitoramento e no trabalho educativo, levando informações sobre os riscos da nafta à população local.