Até o dia 16, a Associação Paranaense de Supermercado (Apras) deverá apresentar à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos soluções alternativas para as sacolas feitas à base de plástico convencional, utilizadas para acondicionar os produtos comprados nos estabelecimentos. Por mês, são utilizadas 80 milhões de sacolas plásticas nos supermercados paranaenses.
A solicitação foi comunicada por meio do ofício número 414/07, encaminhado à Apras nesta segunda-feira (05) pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e pelo procurador de justiça responsável pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, Saint-Clair Honorato Santos.
"Diariamente são utilizadas mais de 2,5 milhões de sacolas nos supermercados paranaenses. No final do mês isso representa 20 toneladas aos resíduos depositados no meio ambiente, seja em aterros sanitários ou abandonadas em fundos de vale, rios e terrenos baldios, gerando um grande passivo ambiental", disse secretário. "Precisamos achar uma solução conjunta para este problema ambiental", acrescentou.
Leia mais:
Prefeitura de Rolândia alerta população sobre golpe do 'falso pedido de ajuda'
No Paraná, consultas públicas do programa Parceiro da Escola começam nesta sexta
Pastor pede reconhecimento de vínculo trabalhista com igreja, mas Justiça do PR nega
Unespar aplica provas do vestibular neste domingo
Como uma das alternativas, a Secretaria do Meio Ambiente sugere a utilização de sacolas oxi-biodegradáveis, que se decompõem em até 18 meses – já o plástico convencional demora cerca de 400 anos para se degradar.
"A tecnologia para fabricação das sacolas oxi-biodegradáveis é baseada na utilização de um aditivo à resina plástica durante o processo de produção criando produtos biodegradáveis, que podem ser destruídos por agentes biológicos, como bactérias", explicou Rasca.
Segundo ele, o produto final continua a ter todas as propriedades do plástico tradicional, inclusive resistência, transparência, propriedades de selagem, permeabilidade e impressão. "O processo de degradação se inicia com a combinação qualquer de luz, calor e estresse, que agem como catalisadores e aceleram a velocidade de decomposição", completou.
Ponto de Entrega – Além de alternativas para as sacolas plásticas, a Apras também deve apresentar propostas para a implantação de Pontos de Entrega Voluntária (PEV) que irão receber as embalagens comercializadas nos supermercados do Estado. O objetivo é diminuir a quantidade de resíduos encaminhados inadequadamente para os aterros sanitários, uma vez que poderiam ser reciclados ou reutilizados.
O secretário do Meio Ambiente explicou que os PEVs servirão como centrais de recebimento de embalagens, independente do material que sejam fabricadas – metal, vidro, papel, plástico, tetrapack, entre outros produtos. "É a lógica reversa da cadeia produtiva, onde praticamos a responsabilidade solidária. Todos os participantes dessa cadeia são responsáveis pelo resíduo que colocam no mercado, desde o fabricante do produto, o fornecedor da embalagem e os supermercados. Queremos que cada um faça a sua parte, pois quem não pode ser responsabilizado sozinho é o consumidor", concluiu Rasca.