A Sanepar já admite que no verão pode se agravar o problema das algas na barragem do Iraí, responsável pelo abastecimento de 70% da população de Curitiba e parte da região metropolitana. De acordo com o gerente de Distribuição, Celso Luis Thomaz, a aproximação do período seco, onde se registra temperaturas mais altas, pode acelerar o crescimento da população de algas. "Mas diversas ações estão sendo tomadas para minimizar o cheiro e o gosto da água durante essa estação", disse Thomaz.
O gerente acredita que será possível impedir a propagação das cianobactérias se ocorrer controle de esgoto, aplicação de novas técnicas de tratamento da água e educação ambiental na região. No entanto, ele mesmo admitiu que essas ações tem alcance de médio e longo prazos. Por isso, não serão suficientes para acabar com o gosto e cheiro da água distribuída antes do verão. A estação de tratamento do Iraí é responsável pelo abastecimento de 1,1 milhão de habitantes de Curitiba e de mais 700 mil moradores das cidades vizinhas.
De imediato, para enfrentar as algas a Sanepar vai mudar a forma de captação na barragem, fazendo manejos para pegar a água das regiões onde houver menor população de algas. Celso Thomaz acredita que a entrada em funcionamento de uma nova unidade de tratamento do Iraí até o fim do ano diminua o cheiro e gosto da água. "Mas é preciso destacar que, apesar do gosto e cheiro desagradáveis, a água é própria para consumo", disse.
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Thomaz também divulgou o resultado de laudo da empresa sobre as novas manchas esbranquiçadas na barragem. "São a decomposição de algas mortas, que formam uma gelatina que vai ser retirada da água", disse.
Na próxima segunda-feira a Sanepar inicia uma vistoria nas barragens de Curitiba. Na vistoria, serão analisadas se há a presença de metais pesados, coliformes fecais e algas.