Médicos e enfermeiros das Unidades de Saúde 24 Horas de Curitiba já estão sendo treinados para o novo protocolo de atendimento aos pacientes que tenham sido vítimas de picadas de aranha marrom.
A partir de novembro, todas as cinco Unidades 24 horas estarão preparadas para receber os pacientes que estejam em estado grave e que a picada tenha ocorrido até 36 horas antes do atendimento, período em que se torna eficaz a soroterapia. O soro antiloxoscélico bloqueia o veneno da aranha e impede que ele se fixe no corpo da pessoa que foi picada.
Depois da capacitação e reciclagem dos profissionais das Unidades 24 Horas será a vez dos médicos e enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde. A Secretaria da Saúde calcula que 450 profissionais deverão passar pelo treinamento.
Leia mais:
Motorista morre em colisão frontal de carro e caminhão em Wenceslau Braz
Ministério Público vai implantar décima unidade do Gaeco no Noroeste do Paraná
No Paraná, Prudentópolis ganha Caminho de São Miguel Arcanjo com 16 igrejas ucranianas
Regional de Saúde de Londrina continua a liderar casos de dengue no Paraná, com 936
Dados preliminares da Secretaria Municipal da Saúde mostram que de janeiro a setembro deste ano foram notificados 2.113 casos de pessoas picadas pela aranha marrom, o equivalente a 234 casos por mês. No ano passado 3.061 pessoas foram atendidas nas unidades de saúde com picadas de aranha marrom – um índice de 1,89 casos para cada 1000 habitantes.
A limpeza das casas e imóveis é a principal ferramenta que a população tem para evitar acidentes com a aranha. "Casas bem limpas e cuidado ao vestir roupas guardadas há tempo, ou deixadas no chão durante a noite, são a melhor maneira de evitar acidentes com aranha marrom, cujo veneno pode causar sérias lesões."
A picada dificilmente é percebida na hora e, muitas vezes, pode ser confundida com a de mosquito. Mas a pessoa deve estar atenta aos primeiros sintomas - vermelhidão e coceira local - que aparecem entre 6 e 12 horas. Nos casos mais graves podem surgir vômitos e febre.