Aproximadamente 1,3 mil trabalhadores rurais sem-terra vindos de todo Estado reviveram nesta segunda-feira cenas do conflito entre policiais militares e sem-terra ocorrido em 2 de maio de 2000, que resultou na morte do assentado Antônio Tavares Pereira e em mais cerca de 200 trabalhadores feridos.
A encenação do confronto foi feita às margens da BR-277, na divisa de Curitiba com Campo Largo, na região metropolitana, local onde ocorreu o conflito e foi construído o monumento Antônio Pereira, que ficou marcado como um símbolo de luta pela reforma agrária no Estado.
A encenação e o ato público encerraram a marcha de cerca de 200 sem-terra, que desde o dia 10 caminharam 85 quilômetros a partir de Ponta Grossa. Outros 22 ônibus de diversas regiões uniram-se ao movimento, dirigindo-se a Curitiba, onde permanecem abrigados no Ginásio Rexona, no Bairro Tarumã.
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Os sem-terra ficam até quinta-feira em Curitiba. Nesta terça-feira, às 10 horas, já está marcada uma reunião com o governador Roberto Requião (PMDB). Também estão agendadas outras 22 audiências em órgãos dos governos federal e estadual.
À noite, o MST realiza debates no auditório da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A marcha dos sem-terra no Paraná está integrada ao calendário nacional do Movimento dos Sem-Terra (MST). Em âmbito nacional, as manifestações são um protesto contra o confronto de Eldorado de Carajás, no Pará, que resultou na morte de 19 trabalhadores há sete anos.
No Paraná, a categoria vem pedir agilidade na reforma agrária. De acordo com Gelson de Oliveira, secretário-executivo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), os sem-terra têm muitas expectativas em relação aos novos governos federal e estadual.
Leia mais na edição desta terça-feira da Folha de Londrina.