Um envelope com texto escrito em inglês e que continha em seu interior pó branco foi encontrado por duas idosas, cujos nomes não foram divulgados, na noite de quarta-feira, jogado em uma rua no bairro Vila Verde, na Cidade Industrial de Curitiba (C.I.C). Apreensivas por conta da onda de cartas contaminadas com a bactéria antraz espalhadas por bioterroristas nos Estados Unidos, ambas entregaram o material a dois policiais que faziam a ronda na região.
Nesta quinta-feira, o envelope foi enviado para análise no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Não há prazo para a conclusão das análise por conta da grande demanda de materiais suspeitos enviados ao laboratório nos últimos dias.
Conforme a oficial da Defesa Civil, Elizabet Maenich, que estava de plantão no dia da ocorrência, junto com a substância existente no envelope, que se parecia com açucar cristalizado, havia três bilhetes. " Não dava para traduzir as frases. Muitas palavras estavam com a grafia errada. Somente a palavra kill, que significa morte era legível", contou.
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Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, assim que foram acionados, os profissionais da Vigilância Sanitária tomaram todas as precauções para o isolamento do material. Os policiais Jorge e Messias (cujo sobrenomes também não foram divulgados), que recolheram o envelope não apresentaram sinais de contaminação e retornaram à rotina normal de trabalho. As fardas dos soldados também foram colocadas em sacos plásticos para análise.
"Isso só pode ser trote de alguém. Se fosse atentado, o envelope seria deixado em algum consulado, shopping ou embaixada e não na periferia", concluiu a oficial.
No último dia 15, o secretário de Saúde, anunciou ações preventivas e integradas, como a monitoração de aeroportos, portos, Correios e prédios públicos. Para o secretário, a possibilidade de ocorrer antraz no Paraná é mínima. Segundo ele, não existe registro da bactéria no Estado, pelo menos nos últimos 50 anos. O último caso de antraz registrado no Brasil aconteceu no Pará, em animais.