Começou nesta segunda-feira (7), o Alerta Geada, serviço de previsão meteorológica do Iapar dirigido à região cafeeira paranaense que se estende do norte ao noroeste do estado.
Há 18 anos em funcionamento, o Alerta prevê um pré-aviso de 48 horas em caso de previsão de geada e uma confirmação 24 horas antes do fenômeno climático ocorrer. O serviço é fundamental para evitar perdas ou a destruição dos pés de café com até dois anos de implantação, quando a planta é mais suscetível ao frio.
Segundo o coordenador da área de café da Secretaria de Agricultura do Paraná (Seab), Paulo Franzini, existem em torno de 2,4 mil hectares nesse estágio de desenvolvimento em todo o estado. Com até seis meses de formação ele calcula que seja mil hectares.
A partir de um disparo de alerta, o produtor pode tomar algumas medidas para minimizar os riscos. Em pés de café com até seis meses, a recomendação é o enterrio das mudas, que podem ficar nessa condição por um período de até 20 dias. Nas lavouras maiores, de seis meses a dois anos, a técnica mais adequada é o "chegamento" de terra no tronco, o que pode ser feito já neste mês e durar todo o inverno.
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O pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) Paulo Caramori lembra que há 12 anos ocorreram sete geadas em um período de 12 dias, quando foi registrada pela última vez a incidência do fenômeno climático com mais força. "Estamos em um período de transição do La Niña. Além disso, historicamente temos geadas severas em um período de 8, 10 anos na nossa região. Então, todo cuidado é pouco", avisa o pesquisador.
O Alerta Geada é realizado por meio de uma parceria entre a Seab, Iapar e Emater, Simepar e Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café.