Os servidores do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) e a diretoria da autarquia permanecem sem negociações sobre a paralisação de atividades que atingem as sedes regionais do órgão (as Ciretrans) em todo o Paraná. Uma reunião foi realizada nesta quarta-feira (17) em Curitiba, mas apenas houve um pedido do Detran para que os funcionários voltem ao trabalho.
Durante a reunião, segundo a integrante do comando de greve dos funcionários, Adriane Beatriz da Silva, o diretor-geral da autarquia, Marcos Elias Traad da Silva, não teria comparecido ao encontro, o que teria impossibilitado qualquer negociação. "Mandaram dois outros diretores no lugar dele, então as negociações nem começaram", diz.
O Detran disse, em nota divulgada na Agência Estadual de Notícias (AEN), que entregou um ofício aos representantes da categoria para pedir que cumpram a decisão judicial do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), para que os funcionários voltem ao trabalho. O TJPR considerou a greve ilegal e determinou multa caso sejam descumpridas as medidas da liminar.
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A autarquia alega que a diretoria do sindicato não respeita a decisão judicial e que não atende ao estatuto da entidade. No ofício, o Detran ainda informou que só voltará às negociações quando a liminar do TJPR for cumprida e os funcionários voltarem ao trabalho.
Adriane explica que, como a decisão tem caráter liminar, o que dá direito ao Sindicato dos Servidores do Detran no Paraná (Sisdep) a recorrer, os funcionários entraram na Justiça para rever a decisão. "Em cinco dias úteis (após a decisão) recorremos e a Justiça tem 15 dias para decidir. Por isso, continuamos com a greve". Uma assembleia trabalhista está marcada para as 17 horas desta quarta-feira em Curitiba e que deve decidir se os servidores encerram ou não o movimento.
A paralisação teve início no último dia 5 de abril, mesmo dia em que foi expedida a liminar do TJPR. Segundo o Detran, as cidades de Londrina, Maringá, Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu e Ponta Gorssa recebem reforços de equipes extras nas Ciretrans destes locais para contornar os problemas causados pela greve. Ao todo, segundo a autarquia, 30% dos funcionários cruzaram os braços.