Os servidores do judiciário do Fórum Cível de Curitiba vão fazer um protesto em frente à sede da instituição, na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico, por volta das 12 horas da próxima segunda-feira (5). Os membros da manifestação alegam falta de estrutura para o funcionamento do Fórum no local, o que leva a problemas de rachaduras e abalos do edifício.
Na última sexta-feira (26), o edifício foi evacuado pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil, após os funcionários do segundo e do quinto andar sentirem tremores. No nono andar, os funcionários relataram o aparecimento de uma rachadura na parede no mesmo dia.
Segundo o presidente da Associação Paranaense dos Advogados Criminalistas (Apacrimi), Danilo Guimarães Rodrigues Alves, a associação foi chamada pelos servidores, que estão receosos com a situação do edifício. "Isso [a evacuação da última sexta-feira] é mais um desdobramento. Não é a primeira vez que o prédio apresenta problema".
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Alves relata que o edifício não tem estrutura para abrigar as dependências do Fórum Cível, e que funcionaria no local há 30 anos de maneira provisória. "A situação só se agravou na última semana", completa.
Procurado, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) disse que há um projeto para a construção de um novo prédio, no bairro Ahú, em Curitiba, que deve abrigar o novo fórum, mas as obras estão atrasadas.
Uma nota pública foi divulgada pelo presidente do TJPR, atual governador em exercício, Miguel Kfouri Neto, sobre a situação. No documento, o presidente do órgão reconhece que, no prédio, funcionam "espremidas em um prédio de dez andares" , onde "circulam cerca de mil pessoas por dia. A edificação atual já atingiu, há muito, nível insuportável de saturação", diz a nota.
Porém, de acordo com o documento, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) suspendeu a licitação para as obras da nova sede do Fórum Cível, por supostas irregularidades na escolha da empreiteira que ficaria responsável pela obra.