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Sindicato nega extorsão em Porecatu

Maranúbia Barbosa - Folha de Londrina
25 jun 2001 às 21:28

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O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Londrina, Evanildo Pinto Rodrigues, e os diretores Daniel Malaquias e Claudemir Arriero estavam com R$ 100 mil em dinheiro e um cheque ao portador no valor de R$ 100 mil quando foram presos em flagrante na tarde de sábado, em Porecatu (85 quilômetros ao norte de Londrina). Eles são acusados de extorquir a Usina Central do Paraná, produtora de açúcar e álcool.

O cheque, da agência do Bradesco de Porecatu, é de uma conta particular do diretor geral da Usina Central do Paraná, Jayme Planas Navarro, que assinou e não nominou para quem estava pagando. Os três sindicalistas estariam estorquindo dinheiro mediante ameaça de dilapidação de patrimônio e deflagração de greve. O crime, previsto no artigo 158 do Código Penal, é inafiançável e prevê pena de quatro a 10 anos de reclusão, além de multa.

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De acordo com o delegado de Porecatu, Fátimo de Siqueira, o presidente do Sindicato dos Rodoviários começou as negociações com a usina há cerca de uma semana. Nas conversas telefônicas, que foram gravadas pelo diretor administrativo da usina, Glauco Miguel Ferrigno, Rodrigues teria pedido o dinheiro para não deflagrar greve no período de safra, iniciado hoje (25/06). Durante as conversas, Rodrigues e Ferrigno combinaram de se encontrar no sábado às 10 horas. Rodrigues, informou o delegado, teria tentado entrar com a caminhonete Blazer no pátio de um prédio da usina, onde funciona a Rádio Brotense, mas foi impedido. Rodrigues, continuou o delegado, voltou às 17 horas e foi preso com a sacola de dinheiro e o cheque.

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Segundo o delegado Siqueira, que comandou a operação, Rodrigues foi preso com uma sacola contendo 20 pacotes de notas de R$ 50,00, assim que saiu de um prédio pertencente à usina, no centro da cidade. Os outros dois sindicalistas foram presos minutos depois nas imediações do prédio. Eles estão presos e aguardam o despacho judicial sobre o pedido de liberdade provisória, impetrado no Fórum de Porecatu no domingo pelo advogado de defesa, Osvaldo Pessoa Cavalcanti e Silva.

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Conforme o delegado, o juiz Evandro Luis Camparoto enviou na sexta-feira um documento chamado de denúncia-crime, informando sobre a acusação de extorsão. O investigador Moretti, que participou da operação, disse que ficou das 10 às 17 horas de sábado disfarçado de mendigo em frente ao prédio onde o presidente do sindicato, Evanildo Pinto Rodrigues, iria buscar o dinheiro. Segundo o delegado, o diretor administrativo da usina, Glauco Miguel Ferrigno, gravou conversas telefônicas com o sindicalista.


Nas fitas, Rodrigues não fala diretamente em recebimento de dinheiro, mas argumenta que a "monografia" que estaria fazendo tinha que sair com 200 laudas. Rodrigues cursa direito numa faculdade de Presidente Prudente (SP).

O investigador Moretti afirmou que os sindicalistas Malaquias, conhecido em Porecatu como Brecha, e Claudemir Arriero deram cobertura a Rodrigues, vigiando o quarteirão onde se realizava a negociação com a diretoria da empresa. De acordo com o policial, Rodrigues esteve duas vezes no prédio da usina, mas saiu com a sacola de dinheiro no final da tarde e logo depois recebeu a ordem de prisão.


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