Uma sobrecarga no sistema de pronto atendimento deixou cinco viaturas do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) com vítimas esperando várias horas nos hospitais Cajuru, Evangélico e do Trabalhador, na noite de segunda-feira, em Curitiba.
A demora no atendimento foi causado por um número grande de atendimentos realizados. Um dos fatores que contribuiu para a sobrecarga foi a falta de um tomógrafo, equipamento de análise de trauma, no Hospital Evangélico. De acordo com a assessoria da instituição, o aparelho deve estar funcionando até o fim de semana.
Um dos bombeiros socorristas que esperou na porta dos hospitais publicou o fato no site de relacionamento e mensagem instantânea Twitter. ‘Ontem fiquei duas horas com uma vítima na frente do hosp. (sic) Evangélico pq (sic) o tomógrafo quebrou’, explica o bombeiro Antonio Marcos R. da Silva.
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Ele começou a usar o Twitter há vinte dias. ‘Alguém tem que falar sobre isso. Não posso ficar omisso em frente dessa situa-ção’, afirma.
O Hospital do Trabalhador confirmou que passou o dia inteiro de segunda-feira com sobrecarga e voltou a receber as vítimas do Siate somente no final da noite.
O relato do bombeiro é apenas a ponta do problema dos hospitais em Curitiba. Para o diretor da rede de urgência municipal de Curitiba, Matheos Chomatas, além da falta do tomógrafo ter desencadeado problemas nas outras unidades, o sistema de saúde na região metrolitana da Capital é mal gerido, o que faz as vítimas recorrerem a Curitiba. Na opinião dele, há ainda o problema da violência nas grandes cidades, que ocasiona também um número alto de atendimentos.
A reportagem da FOLHA procurou a assessoria de imprensa do Hospital Cajuru sem sucesso.