Um projeto pioneiro de sequestro de carbono na Floresta Atlântica, que vem sendo desenvolvido em três áreas dos municípios de Guaraqueçaba e Antonina, no Litoral do Paraná, foi escolhido - entre 40 concorrentes do mundo inteiro - para receber, na terça-feira, dia 6, a premiação de projeto considerado "ambientalmente amigável" durante a Conferência sobre Mudança do Clima (COP-7), promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Trata-se do Programa de Conservação Ambiental e Sequestro de Carbono, desenvolvido pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Organização Não Governamental brasileira nascida em Curitiba há 19 anos. A premiação será feita pela Agência Internacional de Energia (AIE) durante a Conferência, que está reunindo especialistas em clima de todo mundo na cidade de Marrakesh, no Marrocos, desde o dia 29 até 9 de novembro. O COP-7 é o principal fórum mundial de dicussões sobre mudanças climáticas.
Apesar de também conhecido como Ação contra o Aquecimento Global em Guarqueçaba, o objetivo principal do projeto, segundo o diretor-executivo da SPVS, Clóvis Borges, é a conservação da biodiversidade das áreas. O projeto visa o reflorestamento de áreas degradadas e o monitoramento do processo, além de estimular o desenvolvimento sustentado no litoral do Paraná. A meta é retirar da atmosfera 2,5 milhões de toneladas de carbono no período de 40 anos.
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"O importante é reproduzir o sistema tanto para agir contra o aquecimento global como para recuperar a natureza, ajudar a comunidade", diz Borges. Para viabilizar o programa, a SPVS conta com a parceria da ONG americana The National Conservance, que conseguiu as patrocinadoras americanas Texaco, General Motors e American Eletric Power. Em 40 anos, estão previstos investimentos no total de US$ 18,4 milhões para atuar em 18 mil hectares nas três áreas: reserva Natural Serra do Itaqui em Guarqueçaba, Bacia Hidrográfica do Rio Cachorira e Reserva Morro da Mina, ambas em Antonina.
"Este prêmio é importante porque dá chance de mostrar nosso projeto. Quem sabe daqui a cinco anos este projeto não seja mais algo inovador, mas sim um programa corriqueiro", diz Borges, ressaltando o interesse crescente das empresas pela preservação ambiental.