O governo estadual não tem uma solução de curto prazo para resolver o problema de superpopulação no Mini-Presídio Hidelbrando de Souza, em Ponta Grossa, onde os presos se rebelaram na noite de terça para quarta-feira. Atualmente, o Estado não tem recursos para construção de uma nova unidade prisional na cidade. Enquanto não surgem novas vagas, a Polícia Civil está deixando de prender criminosos por falta de espaço.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, a construção de um presídio em Ponta Grossa é prioridade do secretário José Tavares. Porém, não há recursos estaduais para esse empreendimento. A alternativa é conseguir verbas federais, vindas do Ministério da Justiça.
Enquanto a secretaria corre atrás das verbas federais, a Polícia Civil mantém na gaveta cerca de 500 mandados de prisões que não foram cumpridos por falta de vagas. O delegado chefe do 13º Distrito Policial de Ponta Grossa, Noel Muchinski da Mota, informou que os investigadores estão tendo que priorizar os casos mais perigosos.
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"Quem é preso em flagrante ou tem condenação estabelecida é recolhido na cadeia", afirmou o delegado. Mota disse que além dos mandados de prisões os policiais realizam entre cinco a dez prisões flagrantes. A maioria fica nos distritos que também estão superlotados.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, o secretário pretende aliviar o problema da lotação, quando concluir a nova unidade prisional em Piraquara. Das 600 vagas, vão ser destinadas 200 para transferências de presos das delegacias próximas de Curitiba, entre elas de Ponta Grossa.
Um dia depois do fim da rebelião, a delegacia estava transferindo mais 12 presos. No dia da rebelião, existiam 213 detentos no mini-presídio, nesta quinta-feira, eram 157. No entanto, não haverá folga já que a lotação é de 80 pessoas e há uma programação de transferêncai de mais 70 presos condenados que estão em delegacias de Ponta Grossa.