Para fugir da ilegalidade no período de defeso do camarão, os pescadores começam a testar uma nova alternativa. Em Guaratuba, no Litoral do Estado, eles estão evitando a pesca utilizando a criação em tanques-rede.
O projeto está sendo pesquisado desde 1998 por técnicos do Centro de Produção e Propagação de Organismos Marinhos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Uma espécie exótica, o camarão branco do Pacífico (litopnaues vannamei), está sendo reproduzido em tanques-rede.
O projeto evitaria a pesca no defeso (período de reprodução do camarão que vai de fevereiro até o final de maio), que é feita atualmente, mesmo com a proibição e a fiscalizição do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
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Já estão participando do projeto dos tanques de criação 53 empresários e 16 pescadores. A idéia é produzir em escala comercial, mas para isso é preciso de autorização do Ibama. De acordo com o chefe de fiscalização do instituto, José Carlos Ramos, as licenças para a atividade só podem ser concedidas depois que os técnicos da PUC-PR apresentarem um relatório de impacto ambiental. "Por enquanto só há autorização para a pesquisa."
O grupo já tem 100 tanques-rede na água. "A produção hoje é de seis toneladas ao mês. Quando estivermos trabalhando comercialmente, a previsão é de produzirmos cem toneladas", afirma o empresário Augusto Gonçalves Filho, que está investindo no projeto.
O diretor técnico do Centro de Organismos Marinhos da PUC-PR, Javier Ganoza Macchiavello, conta que os tanques-rede já são utilizados na Bahia e em Santa Catarina. "Já existe até um programa nacional para o desenvolvimento dessa técnica que prevê para 2003 a produção de 105 mil toneladas por ano."
Leia mais em reportagem de Hellen Taborda, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira