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Técnicos preparam projeto para conter as ressacas

Redação - Folha do Paraná
12 jul 2001 às 19:31

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Deve ficar pronto em setembro o estudo contratado pela Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) para avaliar as causas das ressacas que têm destruído a praia de Matinhos, no Litoral do Estado. Os estudos irão determinar, inclusive, o projeto de solução para diminuir os efeitos do fenômeno. A informação é do chefe do escritório da Suderhsa no Litoral, Everton Luiz Costa Souza. "A partir desse projeto poderemos iniciar o processo de licenciamento ambiental para as obras que forem necessárias."

No início desta semana, moradores e proprietários de imóveis em Matinhos participaram de uma reunião na sede do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) que, em conjunto com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), está desenvolvendo os estudos no Litoral. De acordo com Souza, técnicos do Simepar e UFPR puderam explicar para a população quais são os mecanismos responsáveis pelos estragos e as diversas formas de solução para reduzir os efeitos.

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A principal causa das ressacas, disse Souza, são os ciclones, que são fenômenos climáticos provocados pela movimentação de massas de ar frias e quentes. Um dos pontos levantados pelo estudo até agora é que o banco de areia na saída da baía de Guaratuba é uma das variáveis que atua nesse processo. A areia que deveria estar alimentando a praia está parando no banco. Uma das hipóteses apontadas pelos técnicos é de que a areia do banco seja usada para uma reposição artificial dos sedimentos da praia, já que naturalmente ela não está acontecendo.

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A pior ressaca dos últimos 30 anos atingiu Matinhos no último dia 6 de maio, deixando 66 famílias desabrigadas. Segundo o secretário de Habitação e Assuntos Fundiários de Matinhos, Mário Pock, em 60 dias deve estar concluída a construção de 22 casas - com recursos do Paraná 12 Meses - para abrigar famílias de pescadores. A prefeitura está oferecendo lotes para as demais famílias que se propuserem a deixar a área considerada de risco. Segundo Pock, oito famílias que estariam em área da União entraram com mandado de segurança contra a ação de despejo.


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