O Paraná faz parte de um ''corredor'' de aliciamento para trabalhos escravos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. A constatação é da Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade ligada à Igreja Católica, que vai lançar hoje em Curitiba e em outras 20 cidades brasileiras o livro ''Vidas Roubadas - a escravidão moderna na Amazônia brasileira''. O lançamento coincide com o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado hoje.
A região noroeste do Paraná é o principal celeiro para os aliciadores do trabalho escravo, conhecidos como ''gatos''. De acordo com o secretário-executivo da CPT do Paraná, Jelson Oliveira, essa atração ocorre principalmente na entressafra, nas regiões mais pobres. ''Os gatos sabem que há muita mão-de-obra disponível nessa região. Eles fazem promessas e criam expectativas nos trabalhadores'', relatou Oliveira.
Os paranaenses geralmente são levados para trabalharem em Mato Grosso do Sul e nas regiões sudoeste de São Paulo e de Minas Gerais. Segundo Oliveira, o Estado também recebe muita mão-de-obra escrava. A CPT estima que em 1999 o Paraná recebeu 1,5 mil pessoas nessa condição vindos de Alagoas, sem considerar outras regiões.
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No Paraná, as últimas denúncias de exploração de trabalhadores foram feitas em 1999. Segundo a CPT, uma fazenda de Bom Sucesso (41 km ao sul de Apucarana) explorava 280 pessoas vindas de Alagoas.
Leia a reportagem completa na Folha de Londrina desta quarta-feira.