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UEL vai investigar possivel fraude em exame de Direito

Redação - Folha de Londrina
30 mai 2003 às 18:31

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A reitora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Lygia Puppato, nomeou nesta sexta-feira uma comissão de sindicância, composta por três professores, para averiguar possíveis irregularidades contidas no resultado do curso de direito do Exame de Seleção para candidatos às vagas ofertadas para transferência externa nos cursos de graduação da instituição.

Apesar da reitora não confirmar, existem suspeitas de que tenha ocorrido fraude na realização da prova. A comissão terá um prazo de 15 dias para apresentar o resultado da análise.

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Puppato explicou que a decisão de nomear a comissão foi tomada na quinta durante reunião com membros da Comissão Permanente de Seleção (Copese) e do Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).

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Ela disse que será realizada uma rigorosa averiguação no resultado de direito para preservar a credibilidade, a igualdade e transparência do processo. O curso de direito teve 486 candidatos inscritos, disputando 27 vagas em três séries.

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A reitora não acredita que o adiamento na homologação do resultado de direito colocará em dúvida a lisura do processo. Ela elogiou o trabalho desenvolvido pela Copese que, segundo ela, não fez a homologação, enquanto não foi possível esgotar a totalidade das respostas aos requisitos que o processo seletivo exige.


''Podemos pecar pelo excesso de zelo, mas não por omissão'', ressaltou. O diretor pedagógico da Copese, Luís Rogério Oliveira da Silva, disse que durante a análise dos resultados foi constatada uma ''discrepância'', ou seja, uma grande diferença nas notas obtidas pelos candidatos do curso de direito, em detrimento aos candidatos que pleitearam um dos outros 36 cursos que ofereceram vagas no Exame. Ele completou que a média obtida na prova de direito foi muito superior à alcançada nas demais provas.


Além dos professores, que não terão seus nomes divulgados, a comissão contará com o acompanhamento de três advogados designados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por um representante do Ministério Público, que foram convidados pela reitoria da universidade.

A comissão poderá, entre outros, convocar para depoimento professores que participaram da elaboração da prova e candidatos que obtiveram notas mais altas.


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