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Urbs não descarta novo aumento

Israel Reinstein - Folha do Paraná
30 jul 2001 às 11:10

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A Prefeitura de Curitiba tem três meses para encontrar uma maneira de evitar um novo reajuste de preço do transporte coletivo. Seria o terceiro aumento este ano. É que em outubro o governo federal pretende rever o valor do combustível e, na semana passada, a União liberou o preço do diesel, que estava congelado há seis anos. Caso haja um reajuste nesse combustível e em outros derivados de petróleo, o município conta apenas com uma margem de 1,42% para suportar essas altas. Essa folga é a diferença entre o custo real da passagem é de R$ 1,2322 contra o valor cobrado na catraca, que é de R$ 1,25.

Segundo o diretor de Transportes da Urbs (órgão que gerencia o transporte público), Euclides Rovani, o órgão vem trabalhando para conseguir diminuir custos até o próximo reajuste dos combustíveis. "Vamos ter que usar a criatividade para reduzir as despesas", destacou. Caso contrário, Rovani não descarta a possibilidade de repassar os aumentos para a tarifa. No entanto, ele frisou que algumas medidas estão sendo tomadas e devem ser anunciadas em breve.

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Rovani explicou que hoje o valor da passagem tem custos que são fixos e outros flexíveis. Nos gastos fixos encontram-se os salários dos funcionários e pagamentos de benefícios sociais. Esse segmento representa 75% do valor da tarifa. Já entre os gastos flexíveis estão os valores dos combustíveis e outros material de manutenção.

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No mês de junho, por exemplo, o total das despesas é de R$ 32.960.536,74. Já a arrecadação é de R$ 33.436.111,00, que é depositado no Fundo de Transporte. Todo o dinheiro, inclusive a diferença de R$ 475.576,00 (entre arrecadação e despesas), é usado para o pagamento das empresas do setor. Rovani explicou que a diferença a mais compensa a queda de arrecadação causada nos períodos de férias e feriados.

O diretor de Transportes da Urbs disse que quando há aumento dos custos, a Urbs é obrigada a pagar essa variação às empresas do setor de transporte coletivo. "Mas o valor da tarifa seria menor se houvesse concorrência", questionou Garrone Reck, professor de Planejamento de Transporte do Departamento de Transporte da Universidade da Federal do Paraná (UFPR).


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