Os rios da Serra do Mar contaminados pelo derramento de 50 mil litros de óleo estão visualmente limpos. Ontem, as equipes da Petrobras e Defesa Civil terminaram no fim da tarde o trabalho de retirada dos últimos "filmes" de combustível que flutuavam na água. Agora a limpeza está concentrada no local onde houve o rompimento do duto. Mas o biólogo Tiaraju de Mesquita Fialho, da Sociedade de Pesquisa à Vida Selvagem (SPVS), adverte que o trabalho não está encerrado, já que o óleo está impregnado nos manguezais e na mata ciliar.
Para garantir a aparente limpeza dos rios do Meio, Sagrado, dos Neves e Nhundiaquara, as equipes de trabalho não retiraram as barreiras de contenção de óleo. Como o trabalho diminuiu, a maioria dos 400 homens foi deslocada para a área onde vazou o óleo. "Concentramos os trabalhos lá porque existe risco de desmoronamento", explicou o capitão Orlando Artur da Costa, da Defesa Civil. Segundo ele, no local está sendo realizado um trabalho de drenagem para estabilização do solo.
Mas Tiaraju Mesquita Fialho entende que o processo está longe do fim. Ontem, o ambientalista visitou a região. "Ainda existe óleo nos mangues e nos pirizais, espécie de vegetação que fica próximo dos manguezais", disse. O ambientalista disse que a contaminação não se restringe apenas aos rios por onde passou o óleo, mas em outros próximos. "A maré jogou para os rios o combustível que atingiu a baía de Antonina", disse.
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Fialho afirmou que peixes estão senco encontrados em todos rios. Alguns deles, já estão sendo atacados por outros animais. "Isso afeta a cadeia alimentar da região", informou. Também os carangueijos estão sendo atingidos. O biólogo disse que basta enfiar a mão dentro das tocas para pegar animais mortos. "E outros tão lentos, que é possível pegá-los com a mão sem muito esforço", finalizou.