As vendas das indústrias do Paraná em outubro cresceram seis vezes mais que a média brasileira. É o que revela pesquisa divulgada nesta terça-feira (5) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No Paraná, as vendas industriais no mês aumentaram em 10,91%, enquanto que o crescimento nacional ficou em 1,69% na comparação com setembro. O estudo mensal é feito com cerca de 3 mil grandes e médias empresas em 12 Estados.
O resultado paranaense, divulgado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), eleva o faturamento do setor em 2006 em 4%. Supera também cálculos anteriores, que indicavam um crescimento em torno de 3%.
Para a Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, os dados da CNI revelam que as indústrias do Paraná estão retomando o crescimento. Depois de enfrentar dificuldades pontuais, informa a Secretaria, o Paraná volta a apresentar um desempenho acima da média nacional graças ao crescimento das exportações e de medidas que reduziram impostos no Estado.
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O desempenho das indústrias do Paraná, aponta ainda o levantamento, deve-se ao aumento nas vendas em 12 dos 18 setores pesquisados. As três áreas de maior participação relativa na indústria do Estado apresentaram crescimento: produtos alimentares (23,29%), material de transporte (13,29%) e química (3,95%).
Na avaliação do presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures, a expansão das vendas destes três itens foi motivada principalmente pelo crescimento das vendas externas do Paraná. "As vendas de alimentos para o exterior aumentaram 93,39%, a exportação de material de transporte cresceu 21,40% e o setor químico subiu 27,55%", destaca.
No acumulado do ano, acrescenta Rocha Loures, as exportações da indústria paranaense já superam em 11% o resultado de 2005, o que deve se manter até o final do ano. As vendas realizadas dentro do Estado em outubro também subiram no mesmo patamar: 11,35%.
Na área de alimentos, os produtos mais exportados foram açúcar, aves e massas para a Europa e Japão. No setor de material de transporte, o item determinante foram as exportações de veículos para a Argentina e os Estados Unidos. Na área química, o destaque foi a exportação de álcool para o Extremo Oriente e para a Rússia.
Já os setores que registraram maiores quedas em outubro foram material elétrico e de comunicações (-90,97%), devido à reestruturação de empresas do setor; editorial de gráfica (-17,02%) por causa do fim das encomendas de material didático; e têxtil (-13,70%) em razão do término de contratos de vendas ao exterior.
No acumulado do ano, os maiores percentuais de queda nas vendas foram verificados nos gêneros materiais plásticos (-45,11%), material elétrico e de comunicações (-42,54%), vestuário, calçados e artefatos de tecidos (-33,62%) e indústria têxtil (-13,35%).