Apenas 4,24% deixaram de fazer as provas no primeiro dia do Vestibular da Universidade Federal do Paraná. O ínidice significa que 2.001 pessoas deixaram de comparecer às provas. No ano passado, a abstenção foi de 6,72%. 45.178 candidatos ainda permanecem na disputa.
O primeiro dia do vestibular da UFPR teve alguns imprevistos. Pelo menos três candidatos deixaram de fazer as provas por problemas de ensalamento. Os candidatos portavam o documento de inscrição, mas seus nomes não constavam no local de prova a que eles foram encaminhados. Vinte minutos depois do início das provas, eles ainda tentavam uma solução, no Prédio de Administração do Centro Politécnico da UFPR.
A candidata ao curso de zootecnia Ana Paula Souza Lima, 17, chegou a entrar na sala de aula no Colégio Estadual Maria Aguiar Teixeira, no Capão da Imbuia, e pegar a prova, mas quando foi assinar a lista de presença, foi informada de que não estava cadastrada para aquele local.
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"E o pior é que os fiscais não queriam deixar eu sair para tentar resolver a situação", lamentou a candidata. Natural de Mangueirinha (Sudoeste do Estado, a 650 quilômetros de Curitiba), Ana Paula está na Capital há um ano, fazendo cursinho. "Estávamos esperando por esse vestibular", reclamou a mãe da candidata, Marilda Souza, ameaçando entrar com um processo contra a UFPR.
Roberto Correia de Oliveira, integrante da Comissão Central do Concurso Vestibular (CCCV) disse que o problema não é de responsabilidade da UFPR. "Era obrigação do candidato retirar o comprovante de inscrição com os dados do ensalamento, caso não recebesse pelo correio", declarou. Segundo a CCCV somente com esses dados, o candidato se certificaria do local. No entanto, Ana Paula e mais dois estudantes - Emmanuelle Vaz Laragnoit, 20, e Abelardo Valter Neto, 18, - tiveram o mesmo problema, afirmando que não receberam o comprovante pelo correio, mas que foram informados por telefone dos locais de prova. Segundo informou a CCCV, esses candidatos perderam o direito de fazer o concurso.
Além desses candidatos, uma pessoa não pôde fazer a prova, na Pontíficia Universidade Católica do Paraná (PUC), por ter sofrido uma crise de epilepsia minutos antes do início do concurso. Outros dois candidatos chegaram atrasados aos locais de prova. "Apesar do rigor da organização do processo seletivo, imprevistos como esses acontecem", considerou o presidente da CCVV Dartangnan Baggio Emerenciano.
O nervosismo de quem não conseguiu fazer as provas, se comparava, no entanto, com o de quem aguardava a abertura dos portões. "Para se acalmar, acho que vale a pena dar uma conferida nas anotações", disse Fernanda Benedete de Oliveira, 21, candidata a uma vaga no curso de Medicina.