O drama do rapaz acorrentado pela mãe para vencer o crack e escapar das ameaças de morte chegou ao fim. Hoje, ele será encaminhado a uma clínica de recuperação para toxicômanos, na região de Londrina, onde espera receber tratamento adequado.
A história chocante, revelada ontem pela FOLHA DE LONDRINA, repercutiu na mídia e incomodou instituições. A coordenadora do Caps AD-GAPE, de Rolândia, Eunice Mara Chueiri Cattai, disse que, semana passada, encontrou uma vaga, em Londrina, recusada pelo rapaz.
''Ele teve medo de ser maltratado'', justificou a mãe do rapaz que, nos últimos seis dias, passa as noites em claro vigiando o filho de 19 anos. ''Ontem (segunda-feira), ele tentou serrar o cadeado da corrente. Nossa sorte foi meu marido ter chegado a tempo'', acrescentou. Segundo Eunice, a família procurou o Caps seis vezes este mês, como ocorreu em outros momentos de crise. ''Nunca o abandonamos'', garante a coordenadora.
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A Promotoria de Justiça de Infância e Juventude de Rolândia informou em nota que o ''Ministério Público da comarca vem atuando para evitar que situações como a relatada - de adolescente drogadito que não encontra local para internação - ocorram na comarca''. Conforme a promotora Lucimara Salles Ferro, o Estado está levantando a demanda na cidade para oferecer o atendimento necessário.
''Paralelamente, a Promotoria vem resolvendo os casos pontuais que chegam a seu conhecimento, através de requisições judiciais, caso a caso, de vaga para tratamento de adolescentes drogaditos em instituições de saúde, uma vez que o único hospital psiquiátrico da cidade, a Casa de Saúde, não vem recebendo esses adolescentes, alegando falta de estrutura''.
Folha de Londrina