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Combate ao feminicídio

Vítima de abuso deve denunciar e buscar proteção

AEN
22 jul 2019 às 16:50
- Geraldo Bubniak/ANPr
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No Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, o Governo do Paraná reforça a orientação para que as vítimas de abuso denunciem e busquem medidas protetivas. No Paraná existem 20 delegacias da Mulher, distribuídas por todo o Estado.

"Estes são os locais mais indicados para que vítimas de qualquer forma de violência possam buscar ajuda e orientação logo ao primeiro sinal de abuso. Ela recebe acolhimento e, caso necessário, poderá ser encaminhada a um hospital conveniado para realizar exames de corpo de delito", explica a coordenadora das delegacias da Mulher, delegada Márcia Rejane.

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Nas cidades onde não existe uma delegacia especializada, as mulheres que precisem denunciar qualquer abuso, casual ou recorrente, podem dirigir-se à Delegacia de Polícia Civil da localidade, ou ainda, fazer a denúncia pelos números 181 ou 180. Já em casos de urgência e emergência, ou seja, no exato momento que a agressão esteja acontecendo, a orientação é que a mulher, ou quem presencie o fato, ligue no 190, da Polícia Militar

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Seguindo a tendência de aumentar o debate sobre o assunto, o governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou no último dia 25 de junho a Lei 19.873/19, que institui a data da morte da advogada Tatiane Spitzner, 22 de julho, como Dia Estadual de Combate ao Feminicídio.

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Dados da Secretaria de Segurança Pública do Paraná mostram que no primeiro semestre deste ano foram registrados, em todo o Estado, 38 feminicídios. Segundo a delegada Rejane, desde 2015, quando a modalidade de crime de "feminicídio" foi aprovada na legislação brasileira, o Governo não tem medido esforços para que os casos de abusos contra mulheres sejam, cada vez, mais relatados e apurados. "Esses crimes já ocorriam anteriormente, mas não eram classificados da forma correta, como ocorre agora. Isso demonstra a preocupação do Paraná em saber do problema para poder combatê-lo da melhor maneira", diz ela.


Homens e adolescentes

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A delegada ressalta a importância de incluir os homens e adolescentes nos debates sobre o assunto. "Temos uma sociedade patriarcal, onde meninos aprendem que devem resolver muitos problemas com o uso da força. Devemos orientá-los e consciencializá-los para que entendam que existe igualdade entre os gêneros. E estamos caminhando para intensificar isso a cada dia", diz Rejane. Ela completa que toda a sociedade deve estar inserida na prevenção desse crime e que quando todos prestam a atenção em casos de abusos, "a chance de um feminicídio se concretizar é diminuída".


Violência progressiva

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O feminicídio é o último estágio de uma violência que progride com o passar do tempo. A maioria dos casos mostra que existiu um caminho longo até resultar no ato final, que é o assassinato, ou a tentativa de matar a mulher.


A delegada Márcia Rejane lembra que o início dessa agressão pode ser um insulto, ou mesmo uma crise de ciúmes. "Quem comete esse crime entende que a mulher é sua propriedade, um objeto, e deve agir conforme a vontade dele. A partir do momento que a vítima começa a tentar impor suas vontades e seus desejos, as agressões também começam, na maioria das vezes com violência psicológica e moral", diz a delegada.

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Conforme Rejane, com o passar do tempo, o nível de agressões se intensifica até que comecem as agressões físicas. Daí a importância de recorrer às delegacias especializadas logo nos primeiros sinais de violência. Nesses locais as mulheres recebem orientação de como agirem e quais estratégias adotarem para evitar as agressões. "Na Delegacia especializada, além de registrarmos a ocorrência, podemos aplicar inúmeras medidas protetivas para que esta mulher fique segura", ressalta.


Medidas protetivas


A Lei Maria da Penha deu poderes para que a autoridade judicial possa aplicar uma longa lista de medidas que visam salvaguardar a integridade física e psicológica da ofendida. No caso da falta de uma autoridade judicial no município, essa medida poderá ser aplicada pelo Delegado de Polícia, e na falta deste, um policial aplicá-la. Nestas duas últimas hipóteses, a autoridade judicial deve ser avisada em 24 horas e poderá decidir em manter a medida, ou extingui-la.

De acordo com a delegada Márcia Rejane, a retirada da família de sua residência é a última alternativa do poder público. "Temos inúmeras formas de evitar que a vítima fique a mercê do agressor e o descumprimento de qualquer dessas medidas possibilita a sua detenção. A retirada de uma família do lar é sempre evitada, mas quando necessária, trabalhamos para que o processo tenha o prazo mais curto possível", diz.


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