A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba informa que foi criado um sistema integrado formado por todas as 105 unidades municipais de saúde e pelo Centro de Controle de Envenenamentos, que funciona no Hospital de Clínicas. Nas unidades de saúde 24 horas, as vítimas de picadas recebem, além da atenção básica, o tratamento soroterápico.
De acordo com a Secretaria Municipal de Comunicação, 400 profissionais foram capacitados para atendimento dos casos de picada por aranha-marrom, entre médicos e enfermeiros.
Os cuidados para evitar a picada da aranha marrom (loxosceles) devem ser redobrados nos meses quentes de verão. A média de acidentes em Curitiba vem se mantendo em 3 mil casos por ano. Em 2001 foram registrados 3.061 acidentes. Em 2002, 3.334. Neste ano já são 2.099 notificações.
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A aranha-marrom tem hábitos noturnos. Aloja-se geralmente em locais quentes e secos, como atrás de quadros, móveis, cortinas e rodapés, nas frestas em geral e sótãos e porões; em roupas penduradas, roupas de cama e banho e em locais pouco freqüentados ou empoeirados.
Essa espécie de aranha não é agressiva, picando somente quando se sentem ameaçadas - ao serem pressionadas contra o corpo da vítima, por exemplo. Os sintomas da picada evoluem lentamente e nas primeiras horas lembram picada de inseto. O quadro pode evoluir para dor em queimação, sintomas que se acentuam entre 24 e 72 horas após o acidente.
A vítima de aranha-marrom deve aumentar a ingestão de líquidos, manter a lesão limpa, evitar exposição ao sol e banhos quentes, retornar ao serviço de saúde nas primeiras 36 horas e, diariamente, até cinco dias, nos casos moderados. Os casos graves devem ser encaminhados ao Centro de Controle de Envenenamentos. O paciente não deve manusear a lesão nem colocar produtos caseiros.