O Rio Paraná, que fica na divisa entre o Paraná e Mato Grosso do Sul, vem enfrentando um aumento no volume de água desde janeiro. O rio está quatro metros acima do que vinha sendo registrado nos últimos meses. A força da água causou o afundamento de parte do calçadão das cidades de Porto Rico e Porto São José, no noroeste do Paraná. Caso o nível da água continue subindo, a população que vive próxima às margens do rio poderá ter que deixar as casas.
Warison Caue Padovani, 2º Tenente e coordenador da Operação Verão Costa Extremo Noroeste, explica que o nível de água subiu por conta da abertura das comportas de usinas hidrelétricas ao longo do Rio Paraná e do Rio Paranapanema, principalmente da usina de Rosana, em São Paulo. “Devido ao aumento na quantidade de chuvas, os reservatórios tiveram seus níveis elevados ao máximo, obrigando as usinas a extravasar o excedente de água para o rio”, ressalta. Segundo ele, o volume do rio vem aumentando gradativamente desde o início de janeiro.
Segundo ele, apesar do volume de água estar quatro metros acima do registrado nos últimos meses, essa é uma altura normal para o rio. “Conversando com populares e moradores da região, o nível do rio é aproximadamente esse, mas devido ao período de estiagem estava bem abaixo do normal nos últimos anos”, explica.
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Sobre os prejuízos, ele ressalta que tanto o calçadão de Porto Rico quanto o de Porto São José sofreram estragos por conta da infiltração da água nas camadas mais internas do pavimento. “Houve um pequeno afundamento no calçamento em ambas as cidades e, de imediato, os trechos foram interditados pelas equipes do Corpo de Bombeiros e pelos serviços de engenharia das prefeituras”, pontua. Segundo ele, a equipe da Operação Verão Costa Extremo Noroeste segue monitorando os pontos considerados sensíveis para tomar as devidas providências caso seja necessário. “Por enquanto, a situação segue estável”, afirma.
Padovani ressalta que, caso o nível de água do Rio Paraná continue subindo, existe a possibilidade de que a população que vive às margens tenha que deixar as casas. “Mas nos últimos dois dias o monitoramento nos mostrou uma leve diminuição no nível”, ressalta. Entretanto, segundo o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), a previsão é de chuva para as próximas duas semanas na região.
O coordenador da Operação Verão Costa Extremo Noroeste alerta que a população ribeirinha deve procurar abrigo em locais mais elevados caso perceba um aumento repentino no nível do rio. Segundo ele, a faixa de areia em Porto Rico foi tomada pela água e a de Porto São José está mais estreita do que de costume.
Segundo ele, os banhistas devem optar pelos locais onde há o serviço de prevenção de afogamentos dos Guarda Vidas do Corpo de Bombeiros. Já as famílias que vão passear em barcos devem utilizar sempre o colete salva vidas, inclusive as crianças, que devem ter o equipamento de segurança ajustado ao tamanho delas. “O ideal é evitar qualquer tipo de boia inflável, tanto de braço quanto de cintura, pois elas causam uma falsa sensação de segurança”, finaliza.
Caso a população note um aumento repentino no nível de água do Rio Paraná, ela deve procurar abrigo em local alto e acionar o Corpo de Bombeiros no 193 ou a Defesa Civil no 199.
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