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Fuga e incêndio de galerias

Após rebelião em Cambé, oito presos seguem foragidos e quatro estão internados

Luís Fernando Wiltemburg - Redação Bonde
27 dez 2017 às 11:06

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- Saulo Ohara/Grupo Folha
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Oito dos doze detentos da Cadeia Pública de Cambé que fugiram na madrugada desta quarta-feira (27) ainda estavam foragidos até as 10h30. Outros quatro detentos estão internados devido às queimaduras provocadas pelo incêndio gerado na rebelião e um agente carcerário e um policial civil precisaram de atendimento por inalar fumaça.

A fuga dos presos ocorreu por volta de 0h20, quando os detentos quebraram a laje e fugiram pelo muro. Por volta das 2h, os outros presos que não conseguiram fugir iniciaram uma rebelião, incendiando duas das quatro galerias. "Só não houve morte pela ação rápida do agente carcerário e pelo auxílio do pelotão de Choque da Polícia Militar, que já dava apoio por causa das fugas", afirma o delegado Roberto Fernandes de Lima.

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De acordo com ele, antes da fuga, a cadeia, que tem capacidade para 52 detentos, abrigava 193 em quatro alas. "Mas, destes 193, 170 ficam na ala principal, onde só caberiam 32", afirma.

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Saulo Ohara/Grupo Folha
Saulo Ohara/Grupo Folha


No incêndio, duas galerias foram danificadas e uma terá de ficar interditada até a reforma. Dos quatro detentos feridos pelo fogo, dois estão na ala de queimados do Hospital Universitário de Londrina em estado grave. Um deles está sedado e respira por aparelhos e o outro, mesmo sem a sedação, permanecia desacordado até as 11h.

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Os outros dois detentos foram levados para a Santa Casa de Cambé, mas com ferimentos leves. O agente carcerário e o policial civil que inalaram fumaça não corriam perigo de morte.


Saulo Ohara/Grupo Folha
Saulo Ohara/Grupo Folha


O delegado Roberto de Lima afirma que, com uma ala interditada, será necessário transferir de 90 a 100 detentos com urgência, o que foi solicitado à Vara de Execuções Penais (VEP). Ainda de acordo com ele, dos 193 presos, 103 já tinham condenação.


O Bonde tentou contato com o Departamento Penitenciário (Depen), mas ninguém atendeu às ligações.

(Colaborou Micaela Orikasa)


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