Conforme determinação da Justiça comunicada na última quinta-feira (9), foi revogada a medida cautelar de afastamento das funções públicas do capitão Ricardo Fardim Eguedis, antigo porta-voz do 5º Batalhão da Polícia Militar (PM). A decisão foi comunicada pela juíza de Direito Elisabeth Khater, da 1ª Vara Criminal de Londrina.
O inquérito aberto pela Polícia Civil em maio do ano passado ainda não foi concluído. "Considerando que as investigações preliminares do inquérito (...) não se findaram e que o policial militar Ricardo Fardim Eguedis está afastado das funções públicas desde maio de 2016, entendo que a reintegração do mesmo em sua função pública não representa descrédito à Justiça e dado ao fato da demora para conclusão do inquérito. Assim, hei por bem, ex officio, revogar a imposição da referida medida cautelar, para o fim de reintegrar Ricardo Fardim Eguedis em sua função pública, com fincas no artigo 282, parágrafo quinto, do Código de Processo Penal", escreveu a juíza no documento.
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Ainda na manhã do dia 13 de maio de 2016, os suspeitos saíram da sede do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e foram levados ao Instituto Médico-Legal (IML) para realização de exame de corpo de delito. Na ocasião, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) informou que, dos sete conduzidos coercitivamente, três policiais tiveram suas funções suspensas, entre eles o capitão Ricardo Eguedis. Um civil também foi detido após supostamente ter escondido as armas utilizadas nos homicídios.
Relembre os assassinatos
A série de assassinatos teria tido início após o policial militar Cristiano Luiz Bottino, de 33 anos, ter sido baleado perto do Lago Norte, no conjunto Milton Gavetti, perto das 20h.
A reportagem do Portal Bonde procurou o capitão Ricardo Eguedis para comentar sobre a reintegração em sua função pública e também o promotor que movimentou o processo em relação às demais investigações, Ricardo Alves Domingues, mas até as 18h, sem sucesso.