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Denúncia

Comerciante acusa mais dois policiais por extorsão

Redação - Folha de Londrina
04 out 2002 às 19:30

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O comerciante de auto-peças Evaristo Nunes de Andrade disse nesta sexta-feira que outros dois policiais civis, um de Maringá e outro de Londrina, também estariam envolvidos no caso de concussão (extorsão praticada por funcionário público). Na última terça-feira, dois policiais civis de Londrina e um jornalista de Maringá foram presos em flagrante, naquela cidade, acusados por Evaristo. O comerciante procurou o Ministério Público em setembro, quando as ameaças teriam começado e, a partir da denúncia, ligações telefônicas, filmagens e fotocópia do dinheiro teriam sido providenciadas para o flagrante. O jornalista é o único que não aparece nas filmagens.

Andrade contou que os policiais o ameaçaram de morte por meio de uma mensagem no telefone e teriam exigido R$ 20 mil para evitar o envolvimento do comerciante em investigações sobre desmanche de veículos. O comerciante negou que o fato seria uma armação para incriminar os investigadores e desviar a atenção dos casos de furto e roubo de veículos em Londrina e o desmanche de peças em Maringá. Andrade não quis revelar os nomes dos outros dois policiais e, segundo a promotoria, a prisão deles ainda não ocorreu porque não houve flagrante, mas as investigações continuam e podem originar um pedido de preventiva.

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No mês passado, Andrade foi preso em flagrante porque estava mantendo dois barracões de peças em Paiçandu. O comerciante também é apontado por pessoas de Londrina, envolvidas com roubo de carros, como o responsável por desmanches para venda de peças. Ele responde a ações por ameaças e receptação. Para o promotor Laércio Januário de Almeida, o fato do comerciante responder a processos criminais não retira dele a idoneidade nas denúncias contra os policiais.

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Nesta sexta-feira, Almeida só concedeu entrevista e permitiu a conversa de Andrade com os jornalistas depois de filmar e pedir a identificação de cada um dos repórteres. O promotor não quis ser fotografado e ameaçou de processo os repórteres fotográficos. Almeida também não liberou as fitas com gravações telefônicas e as filmagens. As fitas só foram liberadas para a Rede Paranaense de Comunicação, afiliada da Rede Globo.


*Leia mais na edição deste sábado da Folha de Londrina

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