O Instituto de Criminalística divulgou nesta segunda-feira (29) um vídeo com a reconstituição gráfica do crime que aconteceu no último dia 24 de outubro, em um prédio de luxo na Gleba Palhano, zona sul de Londrina. Na ocasião, o empresário e presidente da Cofercatu, José Otaviano de Oliveira Ribeiro e sua mulher, a nutricionista Tathiana Name Colado Simão, foram encontrados mortos.
De acordo com o perito Rafael Greve, as investigações da criminalística confirmam a hipótese de que Ribeiro matou a mulher a tiros e se suicidou em seguida. "Fizemos todos os levantamentos e exames nos vestígios recolhidos e pudemos concluir que o seu Otaviano realizou dois disparos contra a Tathiana e posteriormente disparou contra o próprio peito", conta Greve.
Um dos tiros, que atingiu Tathiana na testa, transfixou e saiu por trás da orelha da vítima, deixando inclusive uma marca no papel de parede do quarto. Segundo Greve, os estudos balísticos, das perfurações e sinais de impacto dos projéteis mostram com clareza o percurso da bala. Já a outra bala, que atingiu Tathiana na região do supercílio, ficou alojada.
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Após atirar na mulher, Ribeiro atirou contra o próprio peito por debaixo da coberta, já que a marca do disparo só foi encontrada na parte de trás do cobertor. A morte do empresário não teria sido instantânea, já que ele teve tempo de se mover na cama.
As imagens da reconstituição também mostram que quando Tathiana foi para a cama com uma faca em mãos, José Otaviano já estava deitado de posse de uma arma. "Possivelmente houve uma discussão, uma briga, de modo que a Tathiana vai até o quarto com uma faca na mão", explica o perito. O fato do empresário já estar armado, gera a hipótese de que o crime possa ter sido premeditado. Todo o episódio aconteceu depois que a nutricionista voltou da casa do ex-marido, onde foi deixar o filho.
O perito disse ainda que o computador encontrado destruído na casa do casal ainda passa por varreduras. A expectativa é de que em 10 dias os exames sejam concluídos. "A expectativa é de que possamos encontrar a motivação do crime nos arquivos do computador".
(Colaborou Danilo Marconi, da Folha de Londrina)