Três empresários foram presos na manhã desta terça-feira (28), pelo Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Dois deles foram detidos em Londrina, no momento em que tentavam embarcar em um voo no aeroporto. Já o terceiro foi preso em Apucarana. As prisões têm relação com irregularidades no processo de compra de uniformes escolares no município. O caso era investigado pelo Ministério Público (MP).
Os três teriam relação com as empresas contratadas e tiveram a prisão preventiva decretada pela 3ª Vara Criminal de Londrina, que entendeu a necessidade das detenções para a continuação das investigações. Os empresários são acusados de formação de quadrilha, fraude em licitação, peculato e corrupção ativa e passiva. Dois dos detidos, Marcos Ramos e José Lemes já foram encaminhados ao distrito policial. O terceiro envolvido, Pedro Bressiani, ainda não deixou a sede do MP.
Em entrevista coletiva o promotor do MP, Cláudio Esteves informou que a suspeita é de que os empresários contavam com apoio de agentes públicos na prefeitura de Londrina para venceram processos licitatórios e serem contratados pelo município. Em troca disso, os agentes receberiam vantagem indevida.
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Além das prisões, 17 mandados de busca e apreensão foram executados, também em Londrina e Apucarana. Os materiais já chegaram à sede do MP, mas ainda não foram avaliados. De acordo com Esteves, os documentos devem evidenciar ou não se as empresas investigadas pertencem às mesmas pessoas.
A partir de agora, o delegado do Gaeco, Alan Flore deve dar continuidade no inquérito policial. Ele vai estipular uma data para ouvir os empresários presos e outras testemunhas. Além disso, os documentos apreendidos serão analisados.
O caso
Além do Ministério Público, uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Educação, da Câmara de Vereadores, investiga a compra de uniformes em 2010, na gestão Barbosa Neto. Os uniformes seriam destinados a cerca de 30 mil alunos no ano letivo de 2011. Na ocasião a prefeitura utilizou um processo de "carona" em uma licitação de São Bernardo do Campo, em São Paulo para adquirir os produtos.
O MP questiona a legalidade do processo de compra e chegou a entrar com ações contra secretários municipais supostamente responsáveis pela compra. Durante as investigações da CEI, os vereadores constataram ainda que os uniformes da empresa G8, adquiridos pela prefeitura, podem ter origem chinesa.
(Atualizado às 11h58)