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Escuta revela que ministro do STJ antecipou voto

Redação Bonde
01 mai 2007 às 16:41

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O ministro do STJ, Paulo Medina - Divulgação
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Mais uma escuta telefônica realizada pela Polícia Federal pode comprometer o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Medina.

A escuta revela que o magistrado teria antecipado o voto em um julgamento de uma ação e orientado os advogados do réu.

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Em dezembro do ano passado, o ministro teria conversado com o advogado Paulo Mello sobre um pedido de habeas corpus para o diretor do Minas Tênis Clube, Fernando Furtado Ferreira, acusado de usar uma carteira de policial falsa em Minas Gerais. As informações foram publicadas nesta terça-feira (01) pelo jornal "O Globo".

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Ainda de acordo com o jornal, na conversa, Medina teria pedido mais detalhes sobre o caso e informado que usaria, no julgamento do pedido de habeas corpus, a tese de que Fernando Furtado Ferreira portava o documento, mas não se apresentou como policial.

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Mello negou que o ministro tenha antecipado seu voto e classificou de "bobagem" o episódio.


A polícia também suspeita que o ministro vendeu uma liminar por R$ 1 milhão para favorecer donos de casa de bingos. O irmão dele, o advogado Virgílio Medina, foi preso durante a Operação Furacão, no dia 13 de abril, apontado no inquérito da PF como lobista da máfia dos caça níqueis nos tribunais. Virgílio foi um dos advogados da ação que motivou a liminar concedida pelo seu irmão liberando 900 máquinas caça níqueis apreendidas no Rio de Janeiro. A liminar teria sido ''vendida'' para a quadrilha pelo ministro.

Paulo Medina só volta ao tribunal no dia 18 de maio, período em que se encerra a licença médica.


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