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No Rio

Estudante é morta por amigo viciado em crack

Agência Estado
25 out 2009 às 18:02
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A estudante Bárbara Chamun Calazans Laino, de 18 anos, foi assassinada ontem pelo amigo Bruno Kligierman de Melo, de 26, viciado em crack desde os 20. A moça foi estrangulada no apartamento onde Bruno vivia sozinho, no Flamengo, bairro de classe média da zona sul carioca, depois de uma discussão. Bárbara e Bruno iriam participar de um teste para figurantes no Projac, central de produção da Rede Globo, em Jacarepaguá (zona oeste). A mãe da vítima, Carmen Chamun Calazans, acredita que a filha tenha subido ao apartamento para chamar Bruno, pois eles iriam juntos para o Projac. Os dois moravam na mesma rua.

Bruno foi preso por policiais militares chamados por seu pai, o produtor cultural Luiz Fernando Prôa Melo. Por volta das 16 horas de ontem, Luiz Fernando recebeu um telefonema do filho, que contou sobre o crime e ameaçou se suicidar. Bruno disse que usou crack antes de discutir com Bárbara. Afirmou ainda que adormeceu e, quando acordou, viu o corpo da amiga.

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Carmem disse que Bárbara e Bruno eram amigos há quatro anos, mas não eram namorados. "Ele mandava flores, bombons, mas a Bárbara dizia que não estavam namorando. Eu falava para ele que devia arrumar um emprego. Bruno dizia que estava indo nas reuniões dos narcóticos anônimos. Agora fez essa maldade. Não consigo ter a grandeza de perdoar", desabafou a mãe de Bárbara, assistente social da Secretaria Municipal de Assistência Social, em entrevista ao Estado.

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Bárbara era aluna do curso supletivo do Colégio Pinheiro Guimarães. Luiz Fernando Prôa distribuiu uma carta em que resume o envolvimento do filho com as drogas e sua luta como pai para livrá-lo do vício. Bruno foi internado cinco vezes em clínicas de recuperação. No texto de quatro páginas intitulado "Carta do pai de um viciado em crack que virou assassino", Luiz Fernando escreveu: "Meu filho destruiu duas famílias, a da jovem e a dele, além de a si próprio. Queria sair do vício, mas não conseguia, Eu queria interná-lo à força e não via meios."

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O produtor afirmou que Bruno e Bárbara "não tinham um namoro oficial, mas se amavam muito" e que o filho chamava a amiga de seu anjo da guarda. "O anjo da guarda virou vítima", declarou Luiz Fernando, que pediu desculpas à família de Bárbara. Segundo Luiz Fernando, Bruno é músico e toca guitarra na banda Sofia Pop, de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense).


O pai de Bruno criticou o poder público por proibir a internação compulsória de viciados em drogas. Disse ter tentado, em vão, convencer Bruno a voltar à internação. "As duas últimas semanas foram de grande desespero. Ele dizia ''pai, eu quero morrer, mas não tenho coragem''. Quero que ele cumpra a pena, mas que pelo menos a Justiça veja que ele é uma vítima do flagelo do crack. Ele era pacífico. Eu esperava que pudesse ser atropelado, levar um tiro de um traficante. Menos matar alguém", disse Luiz Fernando ao Estado.

Nesta tarde, Bruno foi transferido da 5ª Delegacia de Polícia (centro) para a Polinter (Delegacia de Capturas e Polícia Interestadual). Bárbara foi enterrada no Cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul).


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