A polícia de Osasco conseguiu prender o ex-cabo da PM Eronildes dos Santos. Ele é considerado o principal líder de uma quadrilha de assaltos a bancos e joalherias em todo o Paraná. Há oito meses, teria assassinado o policial civil Ângelo José Ferreira Chaves Neto, na época com 44 anos, em uma troca de tiros durante o asalto a uma agência do Banestado, em Fazenda Rio Grande. A quadrilha atuaria na Região Metropolitana de Curitiba e teria passagens nos municípios de Medianeira e Apucarana.
Eronildes dos Santos foi preso no dia 23 de julho, através de denúncias anônimas. A Polícia Civil de Osasco teria recebido informações de que o cabo estaria escondido no município após um programa Linha Direta veiculado há um mês na Rede Globo de Televisão.
"A prisão dele só ocorreu graças ao programa de televisão. De nada adiantou entregar o caso às autoridades policiais do Paraná. Elas nunca tiveram vontade de prender o cabo Eronildes e toda sua quadrilha. Sempre alegavam falta de verbas para se deslocar para outros estados", disse magoada a mãe do policial civil, Isabel de Oliveira Chaves.
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O assalto ao Banestado de Fazenda Rio Grande ocorreu por volta das 10h30 do dia 13 de novembro do ano passado. De acordo com as informações coletadas no local, vários homens fortemente armados entraram no banco, renderam os clientes e funcionários e levaram R$ 26 mil. A Polícia Civil foi acionada e conseguiu chegar antes da saída dos assaltantes, que começaram a atirar contra a viatura. O investigador Chaves Neto morreu no local.
Para a família, o caso ainda não está encerrado. Outros suspeitos de participação no assalto ao Banestado ainda estão soltos. "Para nós o caso só estará encerrado, quando todos os integrantes da quadrilha estiverem presos. Com a prisão do Eronildes fica mais fácil chegar nos demais", argumentou o delegado José Carlos.
O delegado titular do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Luiz Alberto Cartaxo de Moura, foi acompanhar o trabalho de escolta do ex-cabo Eronildes até a delegacia, onde permanecerá preso e ficará à disposição da Justiça. Eronildes chegou a Curitiba com escolta de São Paulo e foi recepcionado no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. O caso será presidido pelo delegado operacional do Cope, Vinícius Augustus Carvalho.
Na semana passada, policiais do Serviço Reservado da Polícia Militar (P-2) prenderam dois suspeitos de integrarem a quadrilha liderada pelo cabo Eronildes dos Santos. Com eles foram apreendidos um revólver calibre 38, uma pistola calibre nove milímetros, uma escopeta calibre 12, colete à prova de balas e dinamite. Os suspeitos estão recolhidos na Delegacia de São José dos Pinhais.