O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, vai verificar a relação direta das mortes do empresário Carlos Azarias e da funcionária pública Daniela Pergo com a Password. Segundo o promotor do Gaeco, Leandro Antunes, o empresário esteve no MP na semana passada para questionar sobre os aparelhos dele apreendidos na operação, mas não mencionou quaisquer ameaças.
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Contudo, o advogado Carlos Lamerato não sabia que ele tinha ido conversar com o promotor. Nesta quinta-feira (27), Lamerato foi ao MP entender as circunstâncias da conversa. Segundo Antunes, as linhas de investigação serão feitas pela Delegacia de Homicídios, já que Azarias tinha outras incidências penais.
Réu na Password foi morto a tiros em casa; veja detalhes do crime
Carlos Azarias foi executado na noite desta quarta-feira (26) dentro de sua casa, na rua Sampaio Vidal, na Vila Casoni, região central de Londrina. Segundo a Polícia Civil, ele tem antecedentes criminais por roubo, posse de armas, associação criminosa, extorsão, receptação e estelionato. Era réu na Operação Password, que descobriu um esquema de fraude na cobrança do IPTU e resultou na denúncia de 28 pessoas, incluindo sua filha, Camila Azarias, na época estagiária da Secretaria Municipal de Fazenda.
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O empresário também foi investigado na Operação Vastum, um desdobramento da Password e que apurou a conduta de um fiscal da Secretaria do Ambiente. Conforme o MP, o servidor cobrava propina para evitar fiscalizações em empresas dos envolvidos. Azarias foi denunciado pelo Ministério Público por corrupção ativa.