A coordenadora da Região Metropolitana de Londrina (RML), Elza Correia, disse que o governo do Estado está com projeto pronto para encaminhar ao Ministério da Justiça solicitando recursos para a construção de uma penitenciária feminina para a região.
Hoje, as presas são abrigadas em delegacias, como no caso de Londrina, em que elas ficavam no 3º Distrito Policial. Devido à superlotação, no entanto, na semana passada, parte delas foi transferida para a carceragem do 4º DP, que estava desativada. "Ninguém se alegra em construir penitenciárias, mas é um equipamento social necesário", disse Elza Correia em entrevista à Rádio Paiquerê AM.
Apesar da promessa, a obra não tem data para ser iniciada. Segundo Elza, o projeto depende da finalização do consórcio entre os municípios da RML na área de segurança e da posterior inclusão no programa nacional de segurança e cidadania, o Pronasci. "O governador (Roberto) Requião já deliberou pela construção de uma penitenciária estadual (masculina) semi-aberta aqui e nós pleiteamos a prisão feminina. E a contrapartida do estado é muito pequena, de apenas 2%", afirmou.
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Segundo ela, um assessor do ministro Tarso Genro (Justiça) já se prontificou a ajudar Londrina e os municípios da região metropolitana a se inscreverem no Pronasci. O prefeito Barbosa Neto (PDT), disse Elza, também já concordou em doar terreno em Londrina para a construção da cadeia feminina.
A princípio, segundo a coordenadora da RML, a penitenciária para mulheres teria cerca de 500 vagas. "A construção da prisão é um paliativo, aliás, não resolve problema algum. É necessário fortes projetos sociais para dar inclusão, cidadania, educação, saúde e reduzir o crime", opinou Elza.