Para a Polícia Civil não restam dúvidas de que o advogado e servidor público aposentado Hamilton de Melo, 70, vítima de latrocínio – roubo seguido de morte – em Londrina, foi atraído pelos criminosos numa ação previamente planejada.
A apuração desmente a versão dada por um dos suspeitos em depoimento, de que o idoso foi assassinado “num instante de raiva” após suspostamente insinuar falas amorosas a irmã dele, que tem 16 anos.
A ideia, de acordo com o delegado Rafael Souza Pinto, era extorquir a vítima. “Temos elementos materiais, como laudo de local de crime e de necroscopia, que nos apontam que houve sinais de tortura e sofrimento para poder retirar as senhas da vítima.
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Posteriormente, quando os autores tiveram acesso ao telefone celular da vítima, pesquisaram sua vida pessoal e posição social na cidade e optaram por matá-lo para poder ocultar o crime”, detalhou, durante entrevista coletiva.
“Um dos autores mora na casa, porém, ele tem muitos parentes, inclusive, os pais, que moram ali perto e frequentam a casa. O corpo foi colocado dentro da geladeira para ocultar e se alguém entrasse na casa não veria. Mas na própria madrugada eles foram procurar locais para poder ocultar o cadáver”, detalhou.
Pelo menos oito pessoas teriam participado do crime de forma direita ou indireta, sendo três garotas de 16 anos. “Três homens foram responsáveis por dominá-lo fisicamente e as adolescentes em amarrá-lo enquanto estava dominado”, destacou. O advogado conhecia uma das adolescentes.
Atualmente, estão presos dois homens, de 20 e 22 anos de forma preventiva, e outro de 22 anos está com a detenção temporária, pelo prazo de um mês. Ele foi localizado na semana passada no conjunto Aquiles Stenghel, na zona norte, e seria o autor da facada no pescoço do idoso. Duas adolescentes seguem apreendidas, respondendo pelo ato infracional equiparado ao crime de roubo agravado com morte.
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